Brasília – O Itamaraty divulgou nota informando que o governo brasileiro recebeu com satisfação o anúncio na última sexta-feira (7) do fim das restrições à carne bovina brasileira impostas pela Rússia em razão do caso isolado de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) atípica no estado do Pará. De acordo com a chancelaria brasileira, o anúncio, que se soma à recente reabertura do mercado das Filipinas, lograda em 28 de março, e à reabertura de outros mercados, representa a plena normalização do comércio do produto com a Rússia.
A nota afirma ainda que “diferentemente da forma clássica da enfermidade – conhecida como “mal da vaca louca” -, a forma atípica é de ocorrência natural e espontânea no rebanho bovino, não representa risco à saúde pública e tampouco justifica restrições à importação, conforme diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).”
Em função do caso, a Rússia havia suspendido, em 1º de março, a importação de carne bovina proveniente de animais com mais de 30 meses de idade provenientes do Pará.
O documento destaca que “o Ministério das Relações Exteriores (MRE), por meio de sua rede de embaixadas, em conjunto com as adidâncias agrícolas do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) em países estratégicos, segue atuando desde a ocorrência do caso de EEB para evitar fechamentos indevidos de mercados”.
Em 2022, as exportações de carne bovina para a Rússia somaram cerca de US$ 165 milhões, o equivalente a 24 mil toneladas do produto. As Filipinas são o sexto destino das exportações de carne bovina do Brasil, somando US$ 275 milhões em 2022 (61 mil toneladas).
(*) Com informações do Itamaraty