São Paulo – O Grupo Jacto, fabricante de maquinários agrícolas, vende aos países árabes há pelo menos 25 anos. Nestas décadas, os países compradores mudaram, mas a participação da marca na região cresceu. Hoje, são nove as nações árabes que possuem distribuidores dos produtos brasileiros.
Países como a Argélia e a Tunísia, que importavam produtos da empresa em 2005, já não figuram entre os importadores. Mas no lugar deles entraram novos mercados como o Sudão e a Jordânia. Atualmente, os distribuidores da empresa estão também na Arábia Saudita, Catar, Ilhas Comores, Djibuti, Egito, Emirados Árabes Unidos e Líbano.
A indústria brasileira tem sede no município de Pompéia, estado de São Paulo, e possui divisões como a Máquinas Agrícolas Jacto, de produtos de porte grande, e a Jacto Portáteis, responsável pela fabricação de equipamentos menores. Aos árabes, são comercializados principalmente pulverizadores portáteis manuais e movidos a bateria que, com preço mais acessível, têm como compradores as cooperativas e os pequenos e médios agricultores.
Os equipamentos portáteis têm sua produção destinada em 70% à exportação, e chegam a 100 países. “Nós fabricamos, mas não trabalhamos com venda direta ao consumidor. Por isso, temos distribuidores nos países árabes. Em alguns deles, a demanda tem crescido e por isso há mais de um distribuidor”, relatou à ANBA o gerente comercial da Unidade de Equipamentos Portáteis da marca, André Ribeiro de Farias.
A exportação da empresa tem como principal destino a América Latina. Já as regiões do Oriente Médio, África e Ásia somam juntas 15% do volume embarcado. “O Oriente Médio tem demanda por produtos inovadores e nossa participação nesse mercado tem crescido ”, explicou Farias, que vê como importante o avanço nos mercados da região.
Em busca de demandas como as do Oriente Médio, a empresa investe em tecnologia. Um dos produtos portáteis lançados este ano foi um pulverizador e dosador costal para aplicação de insumos e que é movido a bateria. O equipamento se conecta via bluetooth com smartphones e é controlado pelo aplicativo criado pela Jacto. Até o momento, o equipamento é vendido apenas no Brasil, mas a expectativa é que possa ser exportado a partir do ano que vem. “Os nossos compradores são muito profissionais, e por isso, requerem produtos de aplicações profissionais. Onde tivermos condições de lançar, vamos querer vender em breve”, concluiu o gerente comercial.
(*) Com informações da ANBA