Rio de Janeiro – Nos últimos cinco anos, o estado do Rio de Janeiro lidera o crescimento das exportações de moda e joias brasileiras, de acordo com as Notas Técnicas “Desempenho das Exportações de Moda do Estado do Rio” e “Desempenho das exportações de joias do Estado do Rio”, elaboradas pelo Centro Internacional de Negócios (CIN), do Sistema Firjan. No segmento joias o estado é o maior exportador do país, com US$ 20 milhões registrados no ano passado e crescimento de 36% de 2009 a 2013.
Já as exportações de moda do estado do Rio de Janeiro cresceram 17% no mesmo período, alcançando US$ 22 milhões em 2013, quando a participação do segmento alcançou o recorde histórico de 15% e consolidou a terceira posição do estado no ranking nacional, liderado por São Paulo e Santa Catarina.
A exportação total do país também caiu 7%, atingindo US$ 150 milhões em 2013. O levantamento revela que, na contramão do desempenho apresentado pelo Estado do Rio nos últimos cinco anos, os resultados de exportação de moda do Brasil, São Paulo e Santa Catarina registraram queda.
Em 2013, Santa Catarina exportou US$ 44 milhões, redução de 14% comparada a 2009. São Paulo exportou US$ 48 milhões, uma queda de 16% frente a 2009. Já as vendas brasileiras caíram de US$ 162 milhões em 2009 para US$ 150 milhões no ano passado. Na comparação com 2012, as exportações do Estado do Rio de Janeiro também se destacaram, com expansão de 3%, em contraste com a queda de 3% nas exportações brasileiras do segmento de moda.
Valor agregado aumenta
O estado exportou produtos com maior valor agregado para países referências mundiais da moda e com altos padrões de exigência, como a França, onde o preço médio dos produtos exportados aumentou de US$ 51 por quilo em 2009 para US$ 86 por quilo em 2013, uma valorização de 67%. Os Estados Unidos se consolidaram em 2013 como o principal comprador da moda brasileira, que atraiu grandes importadores fazendo mais que dobrar o preço médio por quilo: de US$ 58, em 2009, para US$ 123 no ano passado.
Vale destacar que Angola foi o país que registrou maior crescimento nas exportações da moda fluminense no período, com 156%. No ano passado, o país foi o segundo comprador do estado, com US$ 3 milhões. Mas registra o menor preço médio do quilo das peças de exportação (US$ 15/kg), devido à preferência por artigos de lingerie, principalmente calcinhas, com preço médio por quilo de US$ 8 – puxando para baixo o preço médio.
Sem contabilizar as vendas para Angola, o preço médio da moda fluminense situa-se em US$ 103 por quilo. O terceiro maior comprador no ano passado foi outro país africano, a Namíbia, cujas importações aumentaram 362% desde 2009. As vendas foram concentradas em uniformes, item de baixo valor agregado.
O foco na atração de grandes compradores dos blocos econômicos mais desenvolvidos, como o Nafta (Estados Unidos, Canadá e México), União Europeia e Ásia, trouxe excelentes resultados na promoção e valorização da moda fluminense. Na área do Nafta, o preço médio alcançou os US$ 114 por quilo. Na Ásia, o principal destaque foram as vendas para o Japão, que registraram no ano passado o preço médio de US$ 217 por quilo dos artigos de moda.
Rio é o maior exportador de joias do Brasil
No segmento joias, com espaço cativo nas diversas edições do Fashion Rio, as ações do Sistema Firjan também consolidaram resultados positivos. Enquanto as exportações totais do Brasil caíram 11% no período, as vendas do Estado do Rio aumentaram 28% no período, atingindo US$ 20 milhões em 2013 e a participação recorde de 36% das exportações nacionais do setor.
Nos últimos cinco anos o valor médio das exportações de joias do estado valorizaram 387%, atingindo no ano passado o valor médio de US$ 48 mil por quilo. A média brasileira é de US$ 1 mil por quilo, com crescimento de 70% no período. O mercado norte-americano se destacou como o maior destino das joias fluminenses, com aumento de 47% entre 2009 e 2013, quando as vendas alcançaram US$ 6 milhões, graças à inserção de artigos de maior valor agregado. No período, o preço médio subiu mais de cinco vezes, passando de US$ 5 mil por quilo, em 2009, para US$ 28 mil por quilo, no ano passado.
Outro destaque foram as vendas para o Reino Unido, que alcançaram US$ 2 milhões no ano passado, com crescimento de 183% em comparação a 2009. O preço médio dos produtos ficou em US$ 204 mil por quilo. Vale notar que dois países sul-americanos – Peru e Argentina – estão entre os cinco maiores compradores, respectivamente com US$ 4 milhões e US$ 1,5 milhão, em consequência do alto valor agregado dos produtos negociados, respectivamente US$ 105 mil por quilo e US$ 109 mil por quilo. O terceiro país comprador em ordem de grandeza em 2013 foi Israel, com US$ 3 milhões.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Firjan