Dados de exportações e importações sofrem influências do câmbio, diz secretário

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Com informações da Agência Brasil
 

Brasília  (Comex-DF) – O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Welber Barral, vislumbra uma “relativa recuperação” nos dados de exportação e importação, mas disse que o processo sofre em decorrência do câmbio. A expectativa, porém, é que a economia nacional se recupere em novembro e dezembro, com o aumento da comercialização de insumos.

 

“Tem gente dentro do governo que acha que dá para resolver com medidas ortodoxas. Não tem como resolver com medidas ortodoxas uma situação que é completamente heterodoxa, como o controle cambial da China”, afirmou Barral, que viajou ontem (3/11) para os Estados Unidos para retomar a agenda bilateral no esforço de incrementar o comércio.

 

Segundo Barral, o governo federal tomou uma decisão “bastante acertada” em relação à decisão de cobrar 2% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) do capital externo que entra no país para investir em ações ou títulos irá atingir também alguns investidores que já estavam no país antes da medida.

 

”Mas precisamos ver os efeitos disso a médio prazo”, afirmou o secretário, contrariando as afirmações do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, que criticou a medida. Segundo o ministro, a cobrança de IOF não resolverá os problemas do exportador.

 

Paralelamente o governo federal resolveu concentrar as atenções no incremento do comércio com os Estados Unidos. A decisão foi tomada depois que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior concluiu que houve queda nas exportações com perda de espaço para a China.

 

“Perdemos por causa da crise e não estamos conseguindo recuperar. Uma das razões é o câmbio”, disse Barral. “É preciso investir mais no mercado norte-americano. Nós continuamos com todas as ações com promoção comercial e temos retomando a agenda com o governo dos Estados Unidos.”

 

O saldo (superavit) da balança comercial brasileira registrou crescimento de 7,5% no acumulado do ano até o dia 31 de outubro, com US$ 22,599 bilhões. O saldo do mês passado é praticamente o mesmo registrado ao mesmo período de 2008, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

 

Houve aumento de vendas dos produtos semimanufaturados, como açúcar, recuperação dos industrializados e queda dos básicos.

 

As exportações de janeiro a outubro foram de US$ 125,879 bilhões e as importações, de US$ 103,280 bilhões. Na média por dia útil, no período, as exportações ficaram em US$ 605,2 milhões com queda de 24,6% com o mesmo período do ano passado e as importações, US$ 496,5 também em queda, registraram 29,4% na mesma comparação.

 

Em outubro, o saldo da balança comercial ficou em US$ 1,328 bilhão com exportações de US$ 14,082 bilhões e importações de US$ 12,754 bilhões. O saldo registrou média diária de US$ 63,3 milhões. Segundo Barral, os dados de outubro são “muito similares” aos de setembro.

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