Agência Brasil
Brasília – O governo vai promover uma campanha no exterior para divulgar informações sobre as condições fitossanitárias e a qualidade dos produtos do agronegócio brasileiro. A informação foi dada pelo ministro da Agricultura, Wagner Rossi. A campanha dará prioridade aos países “que exageram nas exigências” para importar carne brasileira, disse Rossi. Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já autorizou a iniciativa.
Para o ministro, o Brasil já reúne condições para ser considerado área livre da febre aftosa com vacinação em todo o país, pois, há mais de seis anos, não são registradas ocorrências da doença. Rossi admite que o Brasil terá mais facilidade para receber esse reconhecimento internacional quando a situação sanitária dos países vizinhos for mais confiável. Por isso, o governo brasileiro tem interesse em apoiar a Bolívia, a Venezuela e até o Equador, que não faz fronteira com o Brasil, no combate à aftosa.
O ministro relatou que autoridades estrangeiras que cuidam de comércio exterior e saúde pública “não estão suficientemente informadas sobre a regularidade que existe no Brasil, não só quanto às condições fitossanitárias, mas também sobre a questão agrária do uso da terra para a pecuária ou produção agrícola”.
De acordo com o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Carne Bovina, Antenor Nogueira, a União Europeia (UE) só quer comprar carne bovina brasileira de gado identificado pelo sistema de rastreamento que seja da mesma fazenda, desde o nascimento até o abate. Ele considera essa exigência uma “discriminação” da UE com o produto brasileiro, pois “outros importadores não fazem a mesma exigência”.