Da Redação (*)
Brasília – Após registrar superavits por semanas seguidas, a balança comercial voltou a operar no vermelho e apresentou um deficit de US$ 174 milhões na segunda semana de julho, com cinco dias úteis. O saldo negativo é resultado de exportações no montante de US$ 3,494 bilhões e importações no total de US$ 3,668 bilhões.. No acumulado do ano (130 dias úteis) as empresas brasileiras venderam ao exterior US$ 100,379 bilhões e compraram US$ 97,696 bilhões, com um superávit comercial de US$ 2,683 bilhões.
Na segunda semana de julho, a média das vendas externas foi de US$ 698,8 milhões, o que representa uma queda de 18% em relação à média de US$ 852 da primeira semana. A causa da redução foram os embarques das três categorias de produtos: semimanufaturados (-39,3%, em razão de açúcar em bruto, celulose, semimanufaturados de ferro ou aço, catodos de cobre, óleo de soja em bruto, borracha sintética e artificial); manufaturados (-19%, em consequência, principalmente, de aviões, óleos combustíveis, autopeças, polímeros plásticos, veículos de carga, automóveis de passageiros e torneiras e válvulas) e básicos (-12,6%, por conta de soja em grão, carne de frango, farelo de soja, carne bovina, carne suína e minério de cobre).
Já as importações, na segunda semana do mês (média de US$ 733,6 milhões), tiveram crescimento de 14,6% sobre igual período comparativo (média da primeira semana: US$ 640 milhões), explicada, principalmente, pelos gastos com combustíveis e lubrificantes, automóveis e partes, químicos orgânicos e inorgânicos, farmacêuticos e produtos siderúrgicos.
Mês
Nas duas primeiras semanas de julho, com oito dias úteis, o Brasil exportou US$ 6,050 bilhões e importou US$ 5,588 bilhões, resultando em um superávit de US$ 462 milhões. Nas exportações, se comparadas as médias diárias até a segunda semana (US$ 756,3 milhões) com a de julho do ano passado (US$ 1,001 bilhão), houve queda de 24,5%. A causa foi a redução nas vendas de semimanufaturados (-37,1%, por conta de ferro fundido, açúcar em bruto, ouro em forma semimanufaturada, óleo de soja em bruto e couros e peles); de básicos (-22,4%, milho em grãos, petróleo em bruto, minério de ferro, carnes salgadas, miudezas de animais comestíveis e carne bovina congelada); e de manufaturados (-22,2%, em virtude de plataforma para extração de petróleo, óxidos e hidróxidos de alumínio, açúcar refinado, máquinas e aparelhos de terraplanagem, motores e geradores elétricos, motores para veículos e óleos combustíveis).
Na comparação com junho deste ano, pela média diária, houve queda de 19,1%, em virtude da diminuição dos embarques das três categorias de produtos: semimanufaturados (-27,6%), manufaturados (-23,0%) e básicos (-13,5%).
Nas importações, a média diária até a segunda semana deste mês chegou a US$ 698,5 milhões, o que representa 25,1% de queda na comparação com julho de 2014 (US$ 933,1 milhões). Diminuíram os gastos, principalmente, com combustíveis e lubrificantes (-66,2%), aparelhos eletroeletrônicos (-33,4%), veículos automóveis e partes (-31,7%), borracha e obras (-30,5%), plásticos e obras (-28,5%), equipamentos mecânicos (-26,0%) e instrumentos de ótica e precisão (-22,4%).
Já em relação a junho deste ano, houve queda de 2,9%, pelos decréscimos em combustíveis e lubrificantes (-35,2%), produtos farmacêuticos (-19,6%), veículos automóveis e partes (-18,5%), equipamentos mecânicos (-13,9%) e plásticos e obras (-13,8%).
Acesse aqui as informações da balança comercial no período.
(*) Com informações do MDIC