Exportações para a China caem 29,66% em outubro e saldo despenca para US$ 5,168 bilhões

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Da Redação

Brasília –  Após ter registrado uma retração de 21,79% no mês de setembro, as exportações brasileiras para a China desabaram 29,66% no mês de outubro e em todo o ano acumulam uma queda de 7,26%, totalizando US$ 36,679 bilhões nos dez primeiros meses deste ano, pressionadas principalmente pela contração nas vendas aos chineses e pela queda nos preços da soja e do minério de ferro nos mercados internacionais.

Enquanto isso, as vendas chinesas ao Brasil mantiveram-se praticamente estáveis (ligeira queda de 0,01%) e atingiram a cifra de US$ 31,511 bilhões. Com isso, até o mês de outubro, o intercâmbio bilateral proporcionou ao Brasil um superávit de US$ 5,168 bilhões. Em igual período de 2013, o saldo a favor do Brasil foi de pouco mais de US$ 8,038 bilhões. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Nos meses de fevereiro e março as vendas para a China deram saltos espetaculares e cresceram,  30,70% e 60,06% respectivamente. Depois, voltaram a crescer 11,86% em maio e nos meses seguintes não pararam de cair: -4,55% em junho, -13,72% em julho, -10,11% em agosto, -21,79% em setembro e -29,66% em outubro.

Em contrapartida, durante os dez primeiros meses deste ano as exportações chinesas para o Brasil oscilaram entre taxas positivas e negativas, sem apresentar altas ou quedas significativas. Em setembro, as vendas chinesas aumentaram 14,81% e em outubro tiveram uma alta de 11,15%.

Merece registro o fato de que, no mês passado, a balança bilateral foi favorável aos chineses em US$ 1,454 bilhão, o segundo maior superávit obtido pelos chineses este ano e inferior apenas ao saldo de US$ 1,826 bilhão registrado no mês de janeiro ultimo.

Mantida essa tendência de queda nas exportações e elevação nas importações de produtos chineses, o Brasil terá em 2014 o menor superávit dos últimos anos no intercâmbio com seu maior parceiro comercial em todo o mundo.

Com as exportações fortemente concentradas em soja (participação de 43,13% em todo o volume exportado para a China) e minério de ferro (27,6% de todas as exportações para os chineses), produtos duramente afetados pela queda de preços nos mercados internacionais, o saldo comercial com a China será muito inferior aos US$ 8,722 bilhões registrados em 2013 como poderá até mesmo ser menor que os US$ 5,092 bilhões acumulados em 2009.

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