Jorge Viana, Presidente da ApexBrasil Foto Divulgação

Tarifaço de Trump: ApexBrasil reafirma foco no apoio às empresas e busca de soluções

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Ação coordenada busca respostas técnicas e pragmáticas ao impacto tarifário dos EUA sobre o comércio exterior brasileiro

Da Redação (*)

Brasília – A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) realizou, na última sexta-feira (18), uma reunião de alinhamento com as equipes técnicas para tratar das estratégias de atuação da instituição diante do anúncio feito pelos Estados Unidos de imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, com vigência a partir de 1º de agosto.

A reunião foi liderada pelo presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, e pela diretora de Negócios, Ana Repezza, com foco no posicionamento institucional da Agência frente ao novo cenário. Participaram do encontro gerentes e coordenadores da Casa, além de representantes dos Escritórios ApexBrasil ao redor do mundo. No encontro, além do reforço ao compromisso da agência com a defesa dos interesses comerciais do Brasil, foi destacado principalmente a importância de atuar em soluções de curto e médio prazo para a mitigação do impacto das tarifas para micro, pequenas e médias empresas brasileiras.

Durante a reunião, o presidente Jorge Viana destacou a importância do papel técnico da Apex na situação, reforçando o papel da Agência no desenho dos possíveis cenários comerciais que se desenvolverão nos próximos dias.

“Neste momento devemos ser pragmáticos. Temos um grande esforço interno pela frente e nos concentraremos em construir soluções alinhadas com a missão da ApexBrasil”, afirmou Jorge Viana.

Monitoramento do cenário externo

A diretora Ana Repezza ressaltou o trabalho intenso da equipe técnica e da área de inteligência da Agência, reforçando a importância de continuar a monitorar o cenário para compreender as implicações principalmente para as empresas atendidas pela Apex. “Essa foi uma resposta muito rápida a uma demanda que veio diretamente do governo, do próprio Jorge e minha, agora precisamos qualificar essas informações. O foco deve ser, sobretudo, nas perdas — atuais ou futuras — das mais de 20 mil empresas apoiadas pela Apex”, concluiu.

Diante de um cenário de incertezas e imprevisibilidades, não há perspectiva, no médio prazo, de retorno aos padrões normais de tarifa. Nesse contexto, a Gerência de Inteligência de Mercado da ApexBrasil está empenhada na construção de estudos e painéis que proporcionem uma análise visual e estratégica mapeando, graficamente, oportunidades em mercados alternativos para redirecionar o excedente que deixará de ser absorvido pelos EUA.

“Nosso próximo passo é cruzar dados com o número de empresas diretamente afetadas e priorizar os grupos mais expostos, principalmente os pequenos e médios, alinhando com os projetos setoriais. Queremos sair da estatística e ir direto à ação: falar com quem produz, identificar os gargalos e oferecer respostas reais”, comentou o gerente de Inteligência de Mercado, Gustavo Ribeiro. Além do esforço interno, a ApexBrasil segue em diálogo com o governo federal e com os setores produtivos para acompanhar os desdobramentos da medida e propor alternativas eficazes.

(*) Com informações da ApexBrasil

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