Retomada das exportações dependerá da reação dos EUA e da UE

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Isabela Vieira

Agência Brasil

Rio de Janeiro – A retomada das exportações brasileiras para o mesmo patamar de antes da crise financeira dependerá da reação dos Estados Unidos e da União Europeia. A avaliação é do presidente da Agência Brasileira de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Alessandro Teixeira.

Os Estados Unidos e a União Europeia são os principais mercados do Brasil junto com a China. Esses países alavancaram as vendas externas do País entre 2007 e 2008, que foram de U$ 197 bilhões no período. A expectativa para este ano é a de alcançar a marca de U$ 175 bilhões. “Não atingiremos a casa dos U$ 200 bilhões se o mercado europeu e americano não se recuperarem”, destacou Teixeira.

De acordo com o presidente da Apex, setores da economia no Brasil ainda amargam reflexos da crise, como o têxtil e de calçados, que só devem se recuperar no segundo semestre. O governo brasileiro deve anunciar nos próximos dias uma série de medidas de estímulo às exportações, mas o resultado pode demorar a chegar se o mercado internacional não retomar a demanda.

“Os Estados Unidos não recuperaram seu poder de compra e muitos analistas internacionais falam que a União Europeia sofre com um rebote da crise, que tem dificuldades sérias na recuperação do nível de emprego e, consequentemente, do consumo das famílias”, explicou.

A invasão de produtos chineses na América Latina também prejudica o comércio externo do Brasil. De acordo com a Apex, entre 2002 e 2008, as exportações brasileiras para a região cresceram 27,2% contra alta de 37,4% nas exportações da China para os países da região nesse mesmo período.
 

 

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