Campinas – À primeira vista, os dez principais importadores da carne de frango brasileira – neste instante representados por quatro países do Oriente Médio, três asiáticos, dois europeus e um sul-americano – vêm mantendo fidelidade ao fornecedor, pois enquanto o volume global exportado pelo Brasil no quadrimestre foi quase 5% menor, os maiores importadores do produto aumentaram seu volume de compras em 1,35%.
Mas, dentro do grupo, são observadas grandes diferenças em relação a idêntico período de 2012. Os exemplos mais preocupantes envolvem China e Hong Kong – na realidade um único mercado. Em 2012, no mesmo quadrimestre, juntos China e Hong Kong adquiriram volume que os colocou como o principal importador do frango brasileiro, à frente de Arábia Saudita e Japão. E a receita cambial por eles propiciada só foi superada pela gerada no comércio com a Arábia Saudita. Isoladamente, encerraram 2012 colocando-se, respectivamente, na 4ª e 5ª posições.
Em 2013, China e Hong Kong fecharam o primeiro quadrimestre colocados na 5ª e 6ª posições. Pois o volume por eles importado caiu 22,5%. E a queda na receita, de quase 18%, só não foi proporcional porque o preço médio do produto tem apresentado recuperação no mercado externo.
Mas o recuo no volume não está limitado a China e Hong Kong. Os Países Baixos, Emirados Árabes Unidos, Venezuela e Iraque também vêm adquirindo menos produto no corrente exercício. Assim, o aumento de volume entre os dez principais importadores está limitado a apenas quatro países.
Mesmo assim, apenas dois deles vêm fazendo a diferença e garantindo a manutenção do volume (entre os dez) e a expansão da receita cambial (no conjunto de 130 países atendidos pelo Brasil nesses quatro meses): Arábia Saudita e Japão, os dois principais e mais tradicionais mercados da carne de frango brasileira.
No quadrimestre, o volume importado pela Arábia Saudita foi quase um quarto maior e gerou receita quase 42% superior. O Japão, por sua vez, ampliou suas importações em 27% e sua receita anterior acabou aumentando praticamente 40%. Há um ano, esses dois mercados respondiam por 25% da receita cambial do frango brasileiro. No momento, sua participação representa praticamente um terço do total: 33%.
Fonte: Avisite
