Itália registra até setembro saldo histórico de US$ 1,982 bilhão no comercio com o Brasil

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Da Redação

Brasília –  A Itália encerrarão ano de 2013 com o maior superávit já registrado na história do comércio com o Brasil. No acumulado janeiro/setembro, o saldo em favor dos italianos totalizou US$ 1,982 bilhão, um crescimento de 93,79% se comparado com o superávit obtido em igual período do ano passado. Até dezembro, o saldo deverá situar-se bem acima de US$ 2 bilhões. Nos últimos anos a balança comercial bilateral tem sido sempre favorável aos italianos e o último saldo positivo obtido pelo Brasil aconteceu em 2008 e foi de apenas US$ 152 milhões.

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) desde 2009 o Brasil vem acumulando sucessivos deficits no comércio com a Itália. Naquele ano, os italianos tiveram um superávit de US$ 649 milhões, fruto de exportações no total de US$ 3,665 bilhões e importações de US$ 3,016 bilhões.

Em 2010 foi registrado uma pequena queda no superávit italiano, que somou US$ 603 milhões. A partir dali, a balança comercial bilateral pendeu sempre em favor da Itália e os saldos foram crescendo e se acumulando: US$ 782 milhões em 2011; US$ 1,620 bilhão em 2011 e US$ 1,022 bilhão em 2012. Este ano, em apenas nove meses, a Itália já estabeleceu um recorde histórico em matéria de saldo positivo no comércio com o Brasil, com as exportações superando as importações em US$ 1,982 bilhão.

A exemplo do que acontece com os principais parceiros comerciais do Brasil, a pauta exportadora para a Itália é marcada por uma forte concentração em produtos primários. Entre Janeiro e Setembro, de um total de US$ 3,099 bilhões exportados pelo Brasil para a Itália, produtos como minérios de ferro, pasta química de madeira, café não torrado e soja foram responsáveis por quase 50% de todo o volume negociado com os italianos.

Esses produtos foram assim distribuídos: minérios de ferro não aglomerados e seus concentrados (US$ 376 milhões), pasta química de madeira (US$ 350 milhões), café não torrado, não descafeinado, em grão (US$ 344 milhões), minérios de ferro aglomerados e seus concentrados (US$ 238 milhões) e soja (US$ 191 milhões).

Na outra ponta, a relação dos principais produtos exportados pela Itália ao Brasil é bem mais diversificada e composta quase essencialmente por produtos industrializados. Da relação figuram outras partes e acessórios de carroçarias para automóveis (US$ 114 milhões), outras partes e acessórios para tratores e automóveis (US$ 108 milhões), gasolina (US$ 75 milhões), maquinas e aparelhos para empacotar/embalar mercadorias (US$ 75 milhões) e medicamentos (US$ 71 milhões).

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