Forte retração das importações gera melhor saldo da balança comercial de março em 28 anos

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Da Redação (*)

Brasília  – Graças a uma fortíssima contração das importações que atingiu todas as principais categorias de produtos, a balança comercial brasileira registrou em março o melhor resultado para o mês em 28 anos, desde o início da série histórica. O saldo entre exportações e importações foi positivo em US$ 4,435 bilhões. O número é quase 10 vezes maior do que o registrado no ano passado, quando o saldo foi de US$ 460 milhões.

Nos três primeiros meses de 2016, as exportações superaram as importações em US$ 8,398 bilhões, ante um déficit de US$ 5,549 bilhões em 2015. Os dados foram divulgados hoje pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Em março, as exportações totalizaram US$ 15,9 bilhões, uma queda de 5,8% sobre o valor de 2015. O saldo da balança foi positivo, apesar do recuo nas vendas, porque as importações caíram em maior proporção. As compras recuaram 30% na comparação com 2015, somando US$ 11,5 bilhões.

De acordo com os dados do MDIC, no acumulado entre janeiro e março as exportações somaram US$ 40,5 bilhões – queda de 5,1% sobre 2015 – e as importações totalizaram US$ 32,1 bilhões, uma retração de 33,4%.

Em relação às exportações, foram registradas quedas nas vendas de todos os grupos de produtos: semimanufaturados (-14,1%), manufaturados (-5,6%) e básicos (-1,8%). Caíram principalmente as exportações de ferro fundido (-48,1%), minério de ferro (-44%) e petróleo em bruto (-40%). Por outro lado, cresceram significativamente as vendas de centrifugadores (+813,2%), milho em grão (+154,2%) e etanol (70,1%). Os principais compradores dos produtos brasileiros foram o grupo constituído por China, Hong Kong e Macau, que desembolsaram US$ 3,9 bilhões com produtos brasileiros, e Estados Unidos, que gastou US$ 1,9 bilhão.

No tocante às importações, houve redução, no mês de março, no valor das compras de combustíveis e lubrificantes (-40,8%), bens de consumo (-31%), bens intermediários (-28,3%) e bens de capital (-26,8%).

Segundo nota do MDIC, a queda no total gasto com compras de combustíveis se deu “pela diminuição dos preços de gás natural, carvão, petróleo em bruto e óleos combustíveis”. Os maiores fornecedores do país são Estados Unidos, de quem o Brasil comprou US$ 2,1 bilhões em produtos em março, e Ásia (US$ 1,9 bilhão).

(*) Com informações de agências de notícias

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