A publicação apresenta dados atualizados da balança comercial, fluxos de investimento, setores de destaque e tendências setoriais nas relações bilaterais e ainda uma linha do tempo das medidas tarifárias adotadas pelo país norte-americano em 2025
Da Redação (*)
Brasília – A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) acaba de lançar uma nova edição do Perfil de Comércio e Investimentos (PCI) com foco nas relações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos.
O estudo, realizado pela gerência de Inteligência de Mercado da ApexBrasil, identifica quase mil oportunidades de negócios para empresas brasileiras no mercado norte-americano, com destaque para segmentos com potencial de suprir a desconcentração de fornecedores como rochas ornamentais, vestuário, máquinas e equipamentos e móveis de madeira.
A publicação apresenta ainda uma linha do tempo com as principais medidas tarifárias adotadas pelos Estados Unidos de janeiro a 12 de maio de 2025, incluindo contramedidas de outros países.
Panorama bilateral
Com mais de 200 anos de relações diplomáticas entre os países, os Estados Unidos vêm apresentando, há mais de uma década, superávit comercial com o Brasil. Em 2024, os EUA mantiveram-se como o segundo maior destino das exportações brasileiras – atrás apenas da China – e continuam liderando o ranking de estoque de investimentos estrangeiros (IED) no Brasil.
No ano passado, as vendas externas do Brasil para o mercado americano atingiram sua maior marca e ultrapassaram, pela primeira vez, a barreira dos US$ 40 bilhões. A pauta exportadora do Brasil para os Estados Unidos é consideravelmente diversificada. A indústria de transformação é responsável por 78% das exportações, o que posiciona os Estados Unidos como um comprador de produtos de maior valor agregado. O Brasil é o principal fornecedor dos EUA de “produtos semiacabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço”, com 55,8% de participação no mercado. Atualmente, o país não é afetado pela tarifa de 25% sobre produtos de aço instituída ainda no primeiro governo Trump, porém já foram anunciadas mudanças na política, que passará a imputar a sobretaxa a todos os parceiros comerciais dos Estados Unidos.
O estoque de IED dos EUA no Brasil atingiu US$ 287,7 bilhões em 2023, aumento de 16,8% em relação a 2022. Os EUA são, historicamente, o país com maior estoque de IED no Brasil, na série analisada. Recentes anúncios greenfield dos EUA no Brasil se concentraram no setor de data centers e energias renováveis.
(*) Com informações da ApexBrasil