Divulgação/Anuga

Empresas brasileiras miram consumidor muçulmano em participação na feira de Anuga

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Empresas brasileiras presentes na feira alemã de alimentos Anuga, em Colônia, de 7 a 11 de outubro, vão buscar negócios com compradores muçulmanos com a ajuda de um ídolo do Bayern e chefes especializadas na culinária brasileira.

Brasília – No dia 10 de outubro, o projeto Halal do Brasil, fruto da parceria entre a Câmara de Comércio Árabe Brasileir (CCAB) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), realiza o Halal do Brasil Day. A ação dá visibilidade ao produto Halal, aquele feito em conformidade com as tradições do islamismo e voltado ao consumidor muçulmano amplamente demandado nos países muçulmanos, mas também europeus com grandes comunidades islâmicas, a exemplo da própria Alemanha, em que 6% da população é adepta do islã.

O Halal do Brasil Day vai ser realizado no estande da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), no Hall 3.1, que abriga dez empresas integrantes do projeto. Essas organizações têm produtos especificamente posicionados para o nicho de consumo muçulmano. Elas expõem ao lado de outras empresas de alimentos com itens voltados a outros segmentos.

Cardápio com produtos halal

Na manhã do dia 10, os visitantes da Anuga vão poder provar pratos brasileiros preparados com produtos halal disponíveis na feira pelas chefes Priscila Fiorini e Marina Stroh. O menu terá frango com legumes cozidos no leite de coco, almôndegas com molho de castanhas de caju. A sobremesa será açaí com castanhas caramelizadas, acompanhado de café, brasileiro, é claro!

O Halal do Brasil Day também contará com a participação do ex-jogador Élber Giovane de Souza, um dos maiores ídolos do futebol alemão atuando pelo Bayern de Munique, pelo Stuttgart e pelo Borussia, nos anos 1990 e 2000. Na Anuga, ele será o garoto-propaganda do Brasil, com a responsabilidade de ajudar a promover os produtos de seu país, inclusive os voltados aos segmentos islâmicos.

“Já somos um case de sucesso global na exportação de commodities alimentares, e, no halal, sobretudo nas carnes, somos ainda mais competitivos. O Brasil tem uma indústria alimentícia sofisticada, capaz de atender diferentes segmentos do mercado mundial, inclusive os nichos de consumo muçulmanos, de valor agregado, que têm exigências muito particulares em relação ao alimento industrializado”, diz Fernanda Dantas, gerente de projeto da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, entidade que encabeça o Halal do Brasil, junto com a ApexBrasil.

Brasil se destaca na exportação de produtos halal

Além de ser um dos maiores exportadores de alimentos do mundo, o Brasil também é o maior exportador mundial de alimentos voltados ao consumidor muçulmano, mesmo tendo menos de 1% de sua população adepta da religião islâmica. A inserção do Brasil no segmento aconteceu por acaso, no fim dos anos 1970, quando o país começou a trocar frango por petróleo da Arábia Saudita.

Desde então, o Brasil consolidou uma indústria de proteínas especializada, que destina de 30% a 40% da produção de frango e de bovinos para mercados muçulmanos, produtos vendidos com certificação halal, de produção conforme com as tradições do islã, presente inclusive com marcas próprias em supermercados de quase todos os países muçulmanos no mundo.

Recentemente, o país decidiu aproveitar a posição competitiva que já detinha nos países muçulmanos para ampliar suas vendas além do segmento de proteínas e granéis agrícolas, incluindo outras categorias de alimentos de valor agregado nos esforços de promoção governamentais oficiais realizados em conjunto com a iniciativa privada.

Promoção do produto halal no exterior

O Halal do Brasil é uma das iniciativas hoje em curso para promover o alimento halal brasileiro no exterior. Lançado em 2022, o projeto vem fazendo ações em feiras de alimentos e bebidas de todo o mundo, entre elas, a Saudi Halal Expo, na Arábia Saudita, a Gulfood, nos Emirados Árabes, a MIHAS, na Malásia e agora na feira de Anuga.

O projeto também vem estimulando empresas alimentícias brasileiras a adotarem certificação halal ao menos para parte do portfólio, como forma de inserir um percentual maior de alimentos de valor agregado nas vendas brasileiras a países de maioria ou com grandes comunidades muçulmanas.

O resultado já é perceptível na própria Anuga, onde o Brasil fará uma participação diversificada, com produtos tradicionais, mas também cereais matinais, polpas, açaí, doces, derivados de café, preparados , frutas e especiarias posicionados, também, para o consumidor muçulmano.

“Esperamos que o Halal do Brasil se consolide como vetor de desenvolvimento das relações do Brasil com o mundo islâmico, junto de nossos esforços de internacionalização”, afirma Mohamad Mourad, vice-presidente da Câmara Árabe-Brasileira, presente na Anuga.

O Halal do Brasil Day é viabilizado em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

(*) Com informações da ApexBrasil

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