Da Redação
Brasília – A economia brasileira deverá ter em 2025 um crescimento robusto, alavancado por fortes parcerias globais, um agronegócio agressivo que nos últimos doze meses conquistou mais de 300 novos mercados para seus produtos no exterior, pelo crescimento de sua corrente de comércio (exportações+importações) próximas da cifra recorde registrada em 2024 de US$ 600 milhões, pela solidificação das trocas comerciais com a China, principal parceiro comercial do país com o qual o Brasil teve em 2024 um comércio bilateral superior a US$ 157 bilhões, além, dentre outros fatores, da assinatura do Acordo de Parceria Mercosul-União Europeia, no apagar das luzes do ano passado, após mais de 20 anos de negociações.
Estes são alguns dos tópicos elencados pelo especialista em Comunicação, Fernando Mariano, em um podcast encaminhado a 8.200 contatos da empresa por ele comandada, a Multimedia Inc, (sediada em Orlando, Flõrida), em países de todos os continentes. Em sua análise, Mariano apresenta sete pilares representativos da trajetória positiva que o Brasil experimentou em 2024 e deverá seguir trilhando em 2025 para ter um ano especial para a sua economia.
Na percepção de Fernando Mariano, os destaques a seguir ilustram a trajetória positiva que o país está experimentando.

Agronegócio
- 1. Agronegócio: crescimento recorde e prosperidade contínua. O agronegócio no Brasil é um pilar da economia nacional, e 2024 viu números recordes. O setor continua a mostrar um crescimento impressionante, beneficiando-se tanto da alta demanda global quanto dos avanços tecnológicos. Em 2024, as exportações do agronegócio brasileiro atingiram novos recordes e totalizaram US$ 164,4 bilhões, o segundo maior valor da série histórica iniciada em 1991, com expectativas de desempenho ainda melhor em 2025, ano para o qual a estima uma safra recorde de 322 milhões de toneladas. O país continua sendo um importante fornecedor global de produtos agrícolas, como soja, carne bovina, açúcar e café.
O agronegócio do Brasil está se tornando ainda mais diversificado, com a expansão de mercados para outros produtos, como aves, suínos e frutas. Nos últimos doze meses, o Brasil conquistou mais de 300 novos mercados para uma vasta gama de produtos em aproximadamente 150 países.
Assim, a capacidade do Brasil de se adaptar às tendências de demanda, incluindo certificações de sustentabilidade, está ajudando a manter uma vantagem competitiva. De fato, o agronegócio responde por mais de 20% do PIB do Brasil e continua a liderar suas receitas de exportação.
China, o principal parceiro comercial
- 2. Forte comércio com a China: um ano recorde. O papel da China como principal parceiro comercial do Brasil atingiu novos patamares. Em 2024, o comércio sino-brasileiro atingiu um recorde de US$ 157,991 bilhões, fruto de exportações brasileiras no valor de US$ 94,411 bilhões e vendas chinesas no montante de US$ 69,580 bilhões, destacando o aprofundamento dos laços econômicos entre as duas nações. Como o maior mercado consumidor do mundo, a China continua a impulsionar a demanda por commodities brasileiras, especialmente soja, minério de ferro e petróleo. Em apenas um ano, o comércio bilateral
A sinergia entre essas duas economias é crucial, e o Brasil deve se beneficiar ainda mais em 2025, à medida que a China busca garantir mais produtos agrícolas e suprimentos de energia. Além de commodities, há trocas crescentes em setores como tecnologia, infraestrutura e finanças, tornando a China não apenas um parceiro comercial, mas também um investidor estratégico no Brasil.
PIB em alta
- 3. Crescimento do PIB: Previsões otimistas do FMI. O Fundo Monetário Internacional (FMI) projetou um crescimento de 2,2% do PIB para o Brasil em 2025. Esta previsão destaca a resiliência do Brasil apesar das incertezas globais. Os fatores que contribuem para este crescimento incluem uma política fiscal sólida, maior confiança do consumidor, aumento da produção industrial e desenvolvimento de infraestrutura.
A projeção do FMI se alinha com outros indicadores de crescimento, sugerindo que a economia do Brasil está se estabilizando após desafios passados e se posicionando para uma expansão sustentável. Espera-se que os setores de serviços e industrial contribuam significativamente para o crescimento do PIB do Brasil, com a economia digital, fintech e energia verde liderando a inovação em práticas comerciais.
Acordo de Parceria Mercosul-União Europeia
- 4. Acordo de Parceria Mercosul-União Europeia: Expansão do Acesso ao Mercado. Uma conquista histórica para o Brasil e para a região mais ampla do Mercosul é a assinatura do agora denominado Acordo de Parceria Mercosul-União Europeia (FTA), em 6 de dezembro de 2024. O acordo cria um mercado combinado de 700 milhões de pessoas, aumentando significativamente o acesso da região aos mercados europeus. Para o Brasil, este acordo abre novas portas para setores como agricultura, manufatura e serviços. Para a Europa, significa um enorme crescimento de mercado, beneficiado por décadas de boas relações comerciais.
O FTA inclui disposições sobre tarifas, padrões ambientais e acesso a compras públicas, entre outros. Ele ajudará os exportadores brasileiros a navegarem pelos mercados europeus de forma mais fácil e competitiva. Além disso, espera-se que o acordo atraia mais investimento estrangeiro direto (IED) para o Brasil, à medida que as empresas europeias buscam capitalizar o acesso expandido aos mercados sul-americanos.
Turismo em alta
- 5. Crescimento do turismo: uma rápida recuperação pós-pandemia. O setor de turismo do Brasil experimentou uma recuperação impressionante em 2024, com um aumento de 26% nas receitas do turismo em comparação a 2023. Esse crescimento é alimentado por uma combinação de fatores, incluindo as paisagens diversas do Brasil, cultura vibrante e maior visibilidade internacional. Grandes cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, bem como atrações naturais deslumbrantes como a Floresta Amazônica, Pantanal, Lençóis Maranhenses, Recife, Salvador e Cataratas do Iguaçu, continuam a atrair visitantes de todo o mundo.
Os esforços do Brasil para melhorar a infraestrutura e promover o ecoturismo e viagens sustentáveis estão se mostrando bem-sucedidos. As iniciativas do governo para aliviar as restrições de visto e criar incentivos de viagem também contribuem para o aumento do turismo internacional. Espera-se que a indústria do turismo continue florescendo em 2025, com grandes eventos e festivais impulsionando ainda mais o crescimento do turismo.
Investimento Estrangeiro Direto
- 6. Aumento do Investimento Estrangeiro Direto (IED): O Brasil está vendo um aumento substancial no IED como resultado de sua crescente estabilidade econômica e potencial de mercado. Com setores-chave como tecnologia, energia renovável e agricultura atraindo atenção, o IED é projetado para atingir novos patamares em 2025 com um total recorde de US$ 70 bilhões.
O influxo de capital está apoiando a criação de empregos, inovação tecnológica e desenvolvimento de infraestrutura, o que por sua vez acelerará o crescimento econômico. Grandes empresas globais continuam a expandir sua presença no Brasil, reconhecendo o potencial do país como um centro estratégico na América Latina.
Brasil, um grande futuro à frente com a energia verde
- 7. Papel emergente do Brasil na energia verde: O Brasil está se posicionando como líder na produção de energia verde, com grandes investimentos em projetos eólicos, solares e hidrelétricos. A capacidade de energia renovável do país está crescendo rapidamente, e é visto como um ator-chave na transição global para fontes de energia mais limpas.
Esse crescimento é impulsionado por condições geográficas favoráveis, como luz solar e vento abundantes, e incentivos governamentais voltados para apoiar empreendimentos de energia limpa. O setor de energia verde em expansão do Brasil apresenta uma oportunidade empolgante de crescimento em 2025 e além, tanto nos mercados domésticos quanto como um exportador-chave de energia renovável para o mercado global.