Da Redação (*)
Brasília – No primeiro semestre de 2025, a economia chinesa demonstrou grande resiliência e vitalidade. Ao mesmo tempo, as empresas chinesas expandiram ativamente seus mercados no exterior, com a América do Sul se tornando um importante destino de investimentos. A cooperação entre a China e o Brasil tem sido bastante significativa, especialmente nas áreas de veículos de energia renovável e energia verde.
Diante de pressões externas, a economia chinesa manteve um crescimento estável. O produto interno bruto (PIB) da China cresceu 5,3% em termos anuais no primeiro semestre de 2025, de acordo com dados divulgados pelo Departamento Nacional de Estatísticas, com o valor agregado da indústria de alta tecnologia aumentando 9,5% em relação ao mesmo período do ano passado e a produção de veículos de nova energia crescendo 36,2%, demonstrando um forte impulso inovador. O desempenho do comércio exterior também foi brilhante, com o volume de importação e exportação de mercadorias da China ultrapassando 20 trilhões de yuans (US$ 2,80 trilhões) no primeiro semestre.
Muitos observadores internacionais acreditam que o crescimento estável da economia chinesa tem sido um importante suporte para a economia mundial. Marcos Cordeiro Pires, professor das Ciências Políticas e Econômicas da Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista, afirma que a China é um mercado enorme e uma importante fonte de investimentos do mundo, e que seu crescimento contínuo cria oportunidades de desenvolvimento para o mundo.
As empresas chinesas estão acelerando sua expansão na América Latina, com o Brasil se tornando um hub estratégico. Devido à promoção da transição verde pelo governo brasileiro, o mercado de veículos de nova energia cresce rapidamente. Em 2024, as vendas de automóveis híbridos e elétricos no Brasil ultrapassaram 170 mil unidades, um aumento de 85% em relação ao ano anterior.
Forte presença da BYD no mercado automobilístico brasileiro
As montadoras chinesas aproveitaram essa oportunidade de crescimento. Desde que a BYD introduziu seus veículos de nova energia para passageiros no mercado brasileiro em 2021, a empresa já vendeu 130 mil unidades no país. No primeiro trimestre de 2025, as vendas da BYD no Brasil superaram 20 mil unidades, o que a colocou no primeiro lugar em vendas locais de veículos de nova energia. Em maio, ela saltou para o quarto lugar no ranking de vendas no varejo de marcas automotivas brasileiras, garantindo uma participação de mercado de 9,7%.
Em julho de 2023, a BYD anunciou a construção de um complexo industrial composto por três fábricas em Camaçari, com um investimento total de R$ 5,5 bilhões. A linha de produção da fábrica produz automóveis híbridos e elétricos, com uma capacidade planejada de 150 mil veículos por ano, e deve criar 20 mil empregos locais.
Jerônimo Rodrigues, governador do estado da Bahia, elogiou a conclusão da fábrica da BYD, dizendo que o Brasil está pronto para abraçar um futuro mais verde e inovador, que impulsionará a economia, o emprego e a transformação tecnológica locais.
Em um contexto de incerteza econômica global, o crescimento estável da economia chinesa e sua política de abertura proporcionam estabilidade às expectativas do mercado internacional. Seja por meio do impulso da demanda interna, da inovação tecnológica ou do aprofundamento da cooperação com mercados emergentes como a América Latina, a China está se tornando uma força importante para promover o desenvolvimento sustentável global.
(*) Com informações da Agência Xinhua