Comércio com a África tem forte queda nas exportações brasileiras (-20,55%) e africanas (-31,77%)

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Da Redação

Brasília –  As exportações brasileiras para a África registraram uma forte queda no primeiro trimestre do ano, com uma retração de 20,55% em comparação com idêntico período do ano passado. As vendas aos países africanos totalizaram US$ 1,831 bilhão, correspondentes a 4,28% de todo o volume exportado pelo país no período.

Do outro lado, as exportações africanas para o Brasil tiveram uma retração ainda mais acentuada, da ordem de 31,77%, tendo somado US$ 2,389 bilhões. Com isso, nos três primeiros meses do ano, o intercâmbio bilateral proporcionou aos países africanos um saldo de US$ 558 milhões, cifra bastante inferior ao saldo de US$ 1,178 bilhao registrado nos três primeiros meses de 2014.

De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a queda nas exportações brasileiras atingiu todas as categorias de produtos. A retração nas vendas de produtos básicos foi de 33,16%, com exportações no total de US$ 575 milhões. Entre os semimanufaturados, houve uma redução de 8,47%, o que fez com que as vendas aos africanos somassem pouco mais de US$ 495 milhões. Finalmente, as exportações de bens industrializados apesar de terem caído 15,77%, geraram receita no montante de US$ 1,250 bilhão. Assim, mesmo com o intercâmbio bilateral em trajetória descendente, a África foi o segundo maior destino dos produtos industrializados brasileiros, atrás apenas da América Latina.

As trocas entre o Brasil e os países africanos sofreram o forte impacto da acentuada redução nas importações de petróleo da Nigéria, principal parceiro comercial do Brasil no continente africano. De janeiro a abril de 2014, o Brasil importou US$ 2,148 bilhões em petróleo nigeriano. Este ano, em igual período, as compras se limitaram a US$ 818 milhões, uma queda de 59,69%. Outro produto importante na pauta exportadora da Nigéria para o Brasil, o gás natural liquefeito, apresentou no primeiro trimestre deste ano uma alta de 215,92%, totalizando US$ 287 milhões.

Essa mesma tendência de baixa foi registrada nas exportações brasileiras para os países africanos. As vendas de outros açúcares de cana caíram 25,63% para US$ 92 milhões, enquanto as exportações de outras chapas e tiras de ligas de alumínio despencaram 33,82%, gerando uma receita de US$ 9 milhões.

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