Com fluxo comercial em forte queda, Brasil tem saldo de US$ 3,1 bilhões no comércio com a China

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Da Redação

Brasília – O fluxo de comércio entre o Brasil e a China segue trajetória de forte retração tanto nas exportações brasileiras quanto nas vendas chinesas e apesar de a queda registrada nas exportações brasileiras (-19,65%) ser bem mais acentuada que o corte nas exportações da China para o Brasil (-9,24%), a balança comercial segue favorável ao Brasil, que acumula um superávit de US$ 3,120 bilhões nos oito primeiros meses do ano. Em 2014, o intercâmbio com os chineses proporcionou ao Brasil um saldo de US$ 3,271 bilhões. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Com o fim do ciclo das exportações de soja e a queda nas cotações internacionais do minério de ferro, agosto foi o mês do ano de 2015 em que houve uma maior redução nas exportações brasileiras para a China, com uma queda de 28,84%. Em julho, as vendas para os chineses tinham recuado 13,51%.  Os números acumulados de janeiro a agosto deixam claro que este ano as exportações brasileiras para o principal parceiro comercial do Brasil ficarão bem abaixo dos US$ 40,6 bilhões registrados no ano passado e muito aquém do recorde na história das trocas com os chineses, em 2013, quando atingiu-se a marca expressiva de US$ 46 bilhões exportados para o país asiático.

Os dados do MDIC mostram ainda que houve uma queda de 22,34% nas exportações de produtos básicos, fato que ganha maior dimensão à medida em que apenas três commodities (soja, minério de ferro e petróleo) foram responsáveis por 78,36% de todo o volume exportado para a China. No tocante aos semimanufaturados, houve uma pequena alta de  3,90%, enquanto as exportações de produtos industrializados recuaram 13,94%.

Do lado das exportações brasileiras, destaque para uma queda de 13,72% nas vendas de soja, apesar de o volume exportado ter crescido de 30,6 milhões de toneladas em janeiro/agosto de 2014 para 34,8 milhões em igual período deste ano, devido à redução dos preços da oleaginosa nos mercados internacionais. Com isso, a receita que totalizara US$ 15,6 bilhões no ano passado caiu para US$ 13,4 bilhões este ano.

Muito maior foi a redução na receita alcançada com as exportações de minério de ferro. A queda deveu-se à combinação entre a retração no volume exportado e a baixa nos preços do produto. Assim, nos oito primeiros meses do ano as exportações totalizaram US$ 3,5 bilhões, contra US$ 8,4 bilhões vendidos aos chineses em idêntico período do ano passado.

A queda na receita com as vendas de soja e minério de ferro não chegou a ser compensada por uma elevação de 17,45% nas exportações de petróleo, que proporcionaram receita no total de US$ 3,007 bilhões, contra US$ 2,561 bilhões acumulados até agosto do ano passado.

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