Da Redação
Brasília – A China é cada vez mais vital para o comércio exterior brasileiro e de janeiro a junho o país asiático foi o destino de quatro dos cinco principais produtos exportados pelo País: soja mesmo triturada, minérios de ferro e seus concentrados, óleos brutos de petróleo, e açúcar de cana. Um único produto, carne de frango congelada, fresca ou refrigerada, teve a Arábia Saudita e não a China como maior cliente do país.
De acordo com dados contabilizados pela Thomson Reuters e fornecidos com exclusividade ao Comexdobrasil.com, a China vem aumentando, de forma constante e consistente, as importações de produtos brasileiros, commodities em sua essência.
A soja mesmo triturada, carro-chefe das exportações nacionais teve a China como seu maior cliente, com importações no montante de US$ 10,593 bilhões nos seis primeiros meses do ano. A participação chinesa nas vendas externas da oleoginosa atingiu o percentual de 76,26% e este ano as vendas aos chineses registraram uma alta de 10,78%, comparativamente com igual período de 2015.
Para se ter uma ideia do tamanho do mercado chinês para a sojicultura nacional, basta lembrar que o segundo maior importador,, a Espanha, realizou compras no valor de apenas US$ 448 milhões, com uma participação de 3,22% nas exportações brasileiras do produto.
Ainda que com uma participação menor nas exportações globais brasileiras, a China ocupou igualmente a liderança destacada entre os maiores importadores de minérios de ferro e seus concentrados, o segundo item mais vendido pelo Brasil ao exterior. Com uma participação de 53,22% nas exportações totais do produto, a China adquiriu minérios do Brasil no total de US$ 2,929 bilhões.
E apesar de as vendas aos chineses terem apresentado alta em termos de volume, no tocante aos valores, as exportações para o país asiático registraram no primeiro semestre uma queda de -23,17%, devido à retração nos preços internacionais do produto. O segundo maior importador, o Japão, realizou compras no total de US$ 491 milhões, com uma participação de 8,92% no volume total exportado pelo Brasil.
A exemplo do que aconteceu em relação aos minérios de ferro, as exportações de óleos brutos de petróleo para a China também tiveram importante contração no primeiro semestre do ano. De acordo com os dados da Thomson Reuters, as exportações para a China encolheram -33,39% nos seis primeiros meses deste ano e geraram uma receita de US$ 1,614 bilhão, contra US$ 2,423 bilhões vendidos nesse mesmo período do ano passado. O segundo maior mercado para o petróleo brasileiro, o Chile, realizou importações no total de US$ 580 milhões, correspondentes a 14,37% de todo o volume exportado.