Brasília – Uma das principais feiras de pescados do mundo, a Seafood Expo North America/ Seafood Processing North America, aconteceu entre 12 e 14 de março em Boston (EUA) e teve a participação de 17 expositores brasileiros. No pavilhão nacional, organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), participaram 17 coexpositores: 14 empresas e três instituições parceiras.
A cerimônia de abertura do Pavilhão brasileiro teve a participação do Ministro Roberto Medeiros (Cônsul-Geral do Consulado do Brasil em Boston) e do Secretário Executivo do Ministério da Pesca e Aquicultura, Carlos Mello. Além de ter servido como ponto focal de negócios para as empresas participantes e o público da feira, o pavilhão ofereceu degustação de produtos disponibilizados por alguns dos expositores.
Entre os destaques para o Brasil neste ano está o anúncio de que a empresa norte-americana Netuno se tornou importadora e distribuidora oficial dos produtos da empresa paulista Prime Seafood. Baseada em Fort Lauderdale, Flórida, divulgou em comunicado estar entusiasmada com a parceria. “É assim que iniciamos nosso 30º aniversário, fortalecendo nossa posição no mercado com o item que nos deu início em 1993″, disse a Netuno em comunicado à imprensa.
A Seafood é relevante pois os Estados Unidos são o principal importador de pescado do mundo, tendo importado em 2018 mais de US$ 22 bilhões, o que equivale a 14% do total das importações mundiais. O mercado estadunidense também é estratégico para o Brasil. Em 2021, compraram 59,5% do total das exportações brasileiras, o equivalente a US$ 218,9 milhões. O valor das exportações de produtos brasileiros foi de US$ 367,7 milhões.
O principal pescado vendido aos EUA em 2021 foram lagostas congeladas (US$ 72,6 milhões ou 1,3 mil toneladas), seguido por peixes diversos frescos no valor de US$ 44,8 milhões ou 6,4 mil toneladas) e pargos congelados (US$ 36,3 milhões/4,4 mil toneladas) e US$ 65,2 milhões de outros peixes e frutos do mar congelados (não inclui atum, bacalhau, pargo, tilápia e salmão).
Mais do que ter uma posição relevante, as vendas para os Estados Unidos estão crescendo mais rápido que as exportações totais do Brasil. Desde 2016, as vendas ao país norte-americano cresceram 17,2% ao ano em valor e 13,9% em volume, enquanto vendas ao mundo avançaram 9,3% em valor e 5,1% em volume.
O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, reforça o potencial do setor e a atenção que a Agência vai dar ao tema: “O Brasil tem condições de ampliar significativamente as exportações de pescados. A nova gestão da ApexBrasil estará muito próxima do setor produtivo, do Ministério da Pesca e Aquicultura e outros parceiros estratégicos, para assegurar que nossas vendas sejam condizentes com o nosso potencial. No caso das espécies nativas da Amazônia, por exemplo, faremos uma busca ativa por modelos sustentáveis de produção, como parte da nossa estratégia de estímulo à bioeconomia.”
A Seafood Expo North America/Seafood Processing North America apresentou novos produtos e a atualização de tendências do mercado. A edição deste ano foi maior, com um salão de exposições mais de 25% maior do que no ano passado. Essa é a maior exposição comercial de frutos do mar da América do Norte, da qual participaram representantes de 50 países.
*Com informações da ApexBrasil