Abipecs: exportações de carne suína caem 23,9% em setembro e Rússia é o principal mercado

Compartilhe:

São Paulo – As exportações brasileiras de carne suína caíram em volume e receita em setembro, na comparação com setembro de 2012. O Brasil exportou 45.996 toneladas e contabilizou receita de US$ 123,65 milhões, o que representou retração de 23,90% em volume e 21,56% em valor. O preço médio, porém, aumentou 3,07% (US$ 2.688 a tonelada).

 “Os números repercutiram o cenário do momento em relação à redução dos abates, que já ocorre há dois meses, reação dos preços, consumo interno, e dificuldades de logística nos portos durante uma semana, em setembro. Esse conjunto de fatores determinou a queda das exportações no mês. Não devemos desconsiderar que setembro também é o mês de negociações de preços e volumes para os principais mercados do Brasil, especialmente para as vendas do final do ano”, explica Rui Eduardo Saldanha Vargas, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs).

No acumulado do ano, as vendas externas atingiram 389.289 toneladas, queda de 9,09% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita foi de US$ 1,013 bilhão, uma redução de 6,88% ante janeiro-setembro de 2012.

De acordo com Rui Vargas, “a meta de 600 mil toneladas, em 2013, deve ficar mais difícil de ser atingida, considerando-se que a estimativa de exportação mensal, nos próximos três meses, é em média de 50 mil t”.

Rússia: aumento no ano, queda em setembro

A Rússia continua como primeiro mercado para os embarques brasileiros de carne suína em 2013, com participação de 26,87%. No ano, as vendas para o mercado russo somaram 104.591 t e US$ 311,08 milhões, o que representa um aumento de 6,04% em volume e 10,38% em valor. Porém, em setembro, os embarques caíram 42,57% em volume (9.655 t) e 29,82% (US$ 32,20 milhões) em receita, para a Rússia, na comparação com setembro de 2012.

Hong Kong: pequena retração

No ano, Hong Kong fica em segundo lugar como destino das vendas brasileiras de carne suína, com participação de 23,41%. De janeiro a setembro, a queda foi pequena em volume (menos 1,74% – 91.120 t) e em valor (menos 2,28% – US$ 219,33 milhões). Em setembro, a redução foi de 1,18% em toneladas (9.844 t) e 10,97% em receita (US$ 22,73 milhões).

Ucrânia: terceiro destino

A Ucrânia é o terceiro principal destino das exportações brasileiras de carne suína no ano (participação de 14,18%) e em setembro. No acumulado de 2013, as vendas para a Ucrânia caíram 45,13% em volume (55.183 t) e 39,23% em receita (US$ 157, 12 milhões). Em setembro, a queda foi maior, 51,79% (8.360 t) na comparação com igual mês de 2012.

Argentina já não está entre os 5 primeiros

A Argentina foi um dos cinco primeiros clientes do Brasil. No acumulado de 2013, porém, já não figura nesse ranking, composto por Rússia, Hong Kong, Ucrânia, Angola e Cingapura.

As vendas para o vizinho mercado argentino diminuíram 83,22% em setembro, em volume (apenas 629 t), e 84,20% em receita (US$ 1,88 mil). De janeiro a setembro, os embarques para a Argentina foram reduzidos em 37,15% em volume (10.402 t) e 36,45% em valor (US$ 33 milhões).

Japão e as especificações

O Japão, cujo mercado foi aberto recentemente, “está gradativamente importando, mas devemos reiterar que o processo será mais lento do que nas demais praças que foram abertas nos últimos anos. Isso porque há especificações para os produtos que os japoneses demandam. Essas especificações devem desencadear ações de caráter nutricional dos animais e manejo. Isso também deve ser realizado de forma gradativa”, diz Rui Vargas.

Principais destinos em setembro:

1º Hong Kong – 9.844 toneladas – 21,40%

2º Rússia – 9.655 toneladas – 20,99%

3º Ucrânia – 8.360 t – 18,18%

4º Angola – 4.517 t – 9,82%

5º Venezuela – 3.122 t – 6,79%

 

Principais estados exportadores no período janeiro-setembro:

1º Santa Catarina – 131.749 toneladas (33,84% de participação)

2º Rio Grande do Sul – 122.922 t (31,58%)

3º Goiás – 52.774 t (13,56%)

4º Minas Gerais – 34.401 t (8,84%)

5º Paraná – 30.718 t (7,89%)

FONTE: Assessoria de Imprensa da Abipecs

Tags: