São Paulo – Nesta terça-feira (20) comemora-se o Dia do Biscoito. Este alimento, presente em 100% dos lares brasileiros, ganhou popularidade devido aos atributos de praticidade, saudabilidade e conveniência. E não é só no Brasil que o biscoito é bem consumido, a categoria alcançou o número de US$ 48,9 milhões em exportações no primeiro semestre de 2021.
No total, houve 11,4% de crescimento em valor frente a 2020, representando um aumento em volume de 15,2% no mesmo período, somando pouco mais de 30 mil toneladas de produtos vendidos ao exterior, na comparação com o comercializado em igual período do ano passado (janeiro a junho).
O resultado é consequência do trabalho desenvolvido pelos empresários do setor em conjunto ao projeto setorial de fomento às exportações Brazilian Biscuits, Pasta and Industrialized Breads & Cakes, mantido pela Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), que há 20 anos busca oportunidades que aproximem as empresas do segmento de seus clientes e potenciais parceiros no exterior.
No Brasil estão os principais players do mundo na categoria de biscoitos. O país está entre os 20 maiores fornecedores globais de mais de 30 tipos de biscoitos, em sua maioria doces sem coberturas, classificados no mesmo NCM (código do Mercosul) 19053100. Destacam-se os biscoitos recheados nos seus mais diversos sabores, formatos e marcas, a categoria mais fabricada pelo Brasil.
Considerando apenas o segmento de wafers, o Brasil é ainda melhor no mercado externo, entre os 15 maiores exportadores do mundo. Os biscoitos wafers têm fortalecido a presença de marcas brasileiras no exterior porque é, ainda, uma categoria em desenvolvimento e oportunidades de expansão em diversos mercados, diferente do Brasil em que já está consolidada. Exploram-se diferentes formatos em sabores tradicionais como chocolate, morango e baunilha, além de sabores tropicais como limão, coco, abacaxi e maracujá e, ainda, amendoim e nozes.
De acordo com Claudio Zanão, presidente-executivo da Abimapi, apesar do cenário de instabilidade, com a pandemia e a atual situação econômica do país, além dos fortes impactos da crise no transporte marítimo global e a alta do preço da farinha, a desvalorização do real refletiu favoravelmente nas exportações da categoria de biscoitos.
“Nossa indústria é bastante competitiva no mercado internacional, favorecida pelo forte mercado doméstico posicionado como o 3º maior do mundo. Temos volume que garante abastecimento constante aos compradores em mais de 100 destinos anualmente – a categoria mais globalizada de nosso setor. Os estrangeiros sabem que os biscoitos brasileiros têm marcas com variedade de oferta, o que propicia o alcance de nossas empresas nos mais diferentes mercados, desde os países do Mercosul, nossos principais parceiros na categoria, até países do Oriente Médio como Iêmen, Omã, Líbia e Arábia Saudita”, ressalta Claudio Zanão.
Até o final deste ano, a Abimapi espera um crescimento médio de 15% a 10%, respectivamente em valor e volume. A expectativa é atingir a cifra de US$ 100 milhões em faturamento e 60 mil toneladas a depender da estabilidade tanto cambial, quanto da logística com regularização de embarques e redução dos custos de frete internacional especialmente no transporte marítimo.
“A Abimapi continuará as atividades virtuais, com Rodadas de Negócios e Webinars, com a expectativa de retomar uma forte agenda de eventos presenciais no exterior com a participação prevista em feiras de negócios dedicadas a marcas próprias em novembro em Chicago (EUA) e em dezembro em Amsterdã (Países Baixos), sempre em parceria com a Apex-Brasil e a Embaixada do Brasil em Haia, bem como o Consulado do Brasil em Chicago”, completa Zanão.
(*) Com informações da Abimapi