Endeavor lança estudo inédito sobre a diáspora de empreendedores brasileiros no exterior

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Organização de empreendedorismo global lança o estudo ‘Brazil Tech Diáspora’ durante a Brazil at Silicon Valley, com o objetivo de conectar a rede de brasileiros no exterior

Da Redação (*)

Brasília – Brazil Tech Diáspora, estudo inédito da Endeavor, mapeou dados de 400 empreendedores, investidores e executivos ao redor do mundo. A organização entrevistou 58 brasileiros no exterior – entre eles, Empreendedores Endeavor como César Carvalho (Wellhub), Mariano Gomide (VTEX) e Fabrício Bloisi (Prosus). O objetivo foi entender seu impacto global, práticas de giveback ao ecossistema brasileiro e os desafios de se estabelecer fora do país. Contando com o apoio do Google Cloud e da Brazil at Silicon Valleyo relatório será lançado durante o evento.

“O estudo coloca em números o que já sabíamos: o Brasil está exportando talento empreendedor de altíssimo nível. Se ainda somos conhecidos por exportar commodities, nossa missão é tornar essas histórias mais reconhecidas”, afirma Anderson Thees, Managing Director da Endeavor Brasil.

Diáspora abrange 138 cidades e 31 países

Os dados apontam que a diáspora brasileira está em 138 cidades e 31 países, distribuída pelos 5 continentes. Os Estados Unidos são o principal destino (59%), sobretudo na Califórnia, Flórida e Nova York, com número crescente também na Europa (30%). Além disso, 56% dos fundadores não residem na mesma cidade da empresa – reforçando a alta mobilidade dos empreendedores.

Entre as 375 empresas que esses brasileiros lideram, os setores B2B SaaS e Fintech têm destaque – Fintechs, principalmente, refletem o diferencial competitivo que o Brasil construiu nas últimas décadas, com empreendedores visando sistemas bancários menos desenvolvidos, como Estados Unidos e Singapura.

Entre as 15 empresas de diáspora com maior valuation, 7 foram fundadas por Empreendedores Endeavor – incluindo duas do top 3: Brex e Wellhub. Ainda assim, os dados mostram que a maior parte dos negócios está nos estágios iniciais de funding: 28% em Seed e 22% em Angel/Pre-Seed. Apenas 3% chegaram a estágios de Pre-IPO/IPO.

Além de impulsionar a inovação, as redes de diáspora desempenham um papel fundamental no comércio internacional. Empreendedores expatriados tendem a exportar mais do que empresas locais, pois conhecem tanto os mercados de origem quanto os destinos onde atuam. O sucesso empresarial, mais do que nunca, depende do acesso a redes estratégicas e capital global, independentemente da localização da sede da empresa.

“O número de empreendedores brasileiros atuando fora do país vem aumentando rapidamente. Com isso, crescem também as oportunidades de gerar impacto — apoiando quem está começando sua jornada global a aprender com quem já chegou lá”, afirma Anderson Thees, Diretor Geral da Endeavor Brasil. “Este estudo mostra a força da nossa rede como plataforma de aprendizado e conexão para quem quer escalar globalmente”.

Giveback e conexão com o país

Um dos principais achados do estudo é o alto nível de comprometimento da diáspora com o giveback. Hoje, 79% atuam como mentores de fundadores no Brasil (90% gostariam de fazer com mais frequência), 58% investem na nova geração de empreendedores e 51% visitam o país anualmente para atividades ligadas a negócios.

“O estudo mostra onde estão os empreendedores brasileiros de tecnologia no mundo, com motivações para emigração, desafios e oportunidades nos hubs globais. Mesmo morando fora, eles seguem conectados à comunidade brasileira via giveback, oferecendo mentorias e apoio financeiro. Por este motivo, o estudo é apenas o começo de um trabalho estratégico da organização de formar e gerir essa rede de diáspora brasileira.”, afirma Karina Almeida, Gerente de Rede e do Endeavor Research.

(*) Com informações da Endeavor

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