Da Redação (*)
Brasília – A exemplo do que vem acontecendo com as vendas externas da indústria automobilística, as empresas produtoras de motocicletas também enfrenta uma situação delicada e registra uma forte queda nas exportações nos nove primeiros meses do ano. No acumulado do ano, o volume exportado atingiu 29.136 unidades, representando uma forte queda de 49% na comparação com o mesmo período de 2018, quando 57.131 unidades foram embarcadas para o exterior,
Isoladamente, o mês de setembro registrou uma retração menos acentuada e as exportações totalizaram 2.390 unidades, uma queda de 28,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado, de 3.336 unidades, e de 33% em relação ao mês de agosto, quando foram exportadas 3.566 motocicletas.
De acordo com dados divulgados hoje (9), em São Paulo, pela pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), a produção de motocicletas em setembro chegou a 92.894 unidades, 15,1% maior na comparação com o mesmo mês do ano passado. De janeiro a setembro foram produzidas 836.450 unidades, o que corresponde a uma alta de 7,5% na comparação com o mesmo período do ano passado, de 777.779 unidades. Em relação a agosto, houve recuo de 19%, com a produção de 114.738 unidades. Os dados forma divulgados, hoje (9), pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).
Segundo o balanço mensal da entidade, as vendas paras as concessionárias totalizaram 95.282 unidades, resultando em um aumento de 24,2% em relação ao mesmo mês do ano passado, de 76.695 unidades, e queda de 9% na comparação com agosto, de 104.649 unidades. No acumulado do ano foram vendidas 816.064 motocicletas no atacado, volume 14,7% superior ao mesmo período de 2018, com 711.644 unidades.
Os dados mostram ainda que na comparação com setembro do ano passado houve alta de 18,4% no número de motocicletas licenciadas, chegando a 87.719, na comparação com agosto que foi de 88.625 unidades, houve queda de 1%. Segundo a análise dos dados do Renavam, no acumulado do ano foram emplacadas 796.426 motocicletas no país, 14,4% a mais do que as 695.928 unidades licenciadas no mesmo período do ano passado.
Crédito
De acordo com o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, a oferta de crédito é o principal motivo para o crescimento dos números do setor, que, aliado às taxas de juros mais atraentes, incentiva os proprietários a trocarem as motocicletas por modelos mais novos e zero quilômetro.
“O que se observa é a motocicleta sendo utilizada cada vez mais como alternativa para a mobilidade flexível, econômica e eficiente nas cidades brasileiras, além de possibilitar a geração de renda para seu condutor”, disse.
Para Fermanian, o mercado deve se manter aquecido nos próximos meses devido ao pagamento do 13º salário e a chegada do verão, além do lançamento de novos modelos durante do Salão Duas Rodas, que acontece em novembro na capital paulista.
“O salão é o principal evento do setor de duas rodas e costuma receber mais de 200 mil visitantes, atraindo compradores entusiastas, que sempre aguardam pelas novidades e querem experimentar e adquirir uma motocicleta nova”, ressaltou o presidente da Abraciclo.
Pelas projeções da Abraciclo, a produção de motocicletas deve ser de 1.100.000 unidades em 2019, o que representa uma alta de 6,1% na comparação com o volume de 2018, de 1.036.788 unidades.
(*) Com informações da Agência Brasil