Presidente da CNA inaugura escritório em Bruxelas visando ampliar presença na UE

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Da Redação (*)

Brasília – A presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), senadora Kátia Abreu, inaugura nesta quarta-feira (19) o escritório da instituição em Bruxelas, com o objetivo de consolidar e ampliar a participação dos produtos agropecuários brasileiros no mercado europeu e promover mais parcerias entre o Brasil e a União Europeia no setor agrícola.

Antes de viajar para a capital da Bélgica e sede da União Europeia, Kátia Abreu esteve reunida na semana passada com o chanceler Antônio Patriota, a quem apresentou o plano de trabalho para seu novo centro de representação junto à União Europeia, que, como bloco,  é o principal parceiro do comércio exterior agrícola brasileiro. O ministro das Relações Exteriores reconheceu a importância de uma ação focada na imagem positiva do agronegócio proposta pela CNA e se mostrou favorável às negociações com o bloco.

Nos últimos dez anos, as exportações agrícolas do Brasil para a União Europeia representaram em média 23% do total. Entre maio de 2012 e abril de 2013, as vendas chegaram a quase US$ 22 bilhões (ou cerca de 21,9% do total das exportações brasileiras), com destaque para a soja, produtos florestais, café, carnes e suco de laranja.

Segundo a presidente da CNA, “os produtos do Brasil já contribuem para reduzir os preços dos alimentos para os europeus e uma maior abertura do bloco às exportações brasileiras pode significar redução maior para o consumidor”.

A presidente da CNA informou também que o órgão vai organizar no mês de Setembro, em Pequim, um seminário que tem por objetivo incrementar as exportações brasileiras de carnes, produtos florestais, suco de laranja e café para a China, além de atrair investimentos do país asiático para a infraestrutura de transporte do Brasil.

O seminário na China foi outro tema abordado pela presidente da CNA com o chanceler Patriota. Na oportunidade, a senadora Kátia Abreu falou de suas expectativas para esse evento e convidou o ministro das Relações Exteriores para participar do seminário e de um encontro prévio, marcado para 1º de julho, em São Paulo, do qual devem participar cerca de 150 empresários do setor agroindustrial.

Segundo a presidente da CNA, os empresários credenciados para o seminário em São Paulo assistirão a uma série de palestras de especialistas no mercado chinês. Esse grupo viajará para a China em setembro em busca da ampliação das relações comerciais. Depois de participar nos últimos meses de uma série de reuniões, no Brasil e na China, com empresários e autoridades chinesas, a senadora Kátia Abreu explica que os compradores reivindicam a diversificação no número de fornecedores no setor agropecuário. “Eles não querem continuar negociando com poucas empresas”, afirmou.

Na reunião, o ministro Antonio Patriota afirmou que existem equipes especializadas em promoção comercial em um grande número de embaixadas e consulados do Brasil no exterior. Uma dessas equipes trabalha no Consulado-Geral do Brasil em Cantão, no sul da China, grupo que pode auxiliar nas negociações voltadas à ampliação das relações comerciais entre os dois países.

Principal parceiro comercial do Brasil no mercado externo, a China importou US$ 4,86 bilhões em produtos do complexo soja (grão, óleo e farelo) no acumulado do ano até abril. Esse valor é 24% superior ao registrado em igual período de 2012.

Em relação aos produtos agropecuários cujo comércio para a China pode ser ampliado, a senadora Kátia Abreu lembrou que cada chinês toma, em média, três xícaras de café por ano, enquanto a média mundial é de 240 xícaras por ano. O consumo da bebida cresce aproximadamente 30% ao ano na China. Segundo a presidente da CNA, a criação de uma marca brasileira de café é fundamental para conquistar esse e outros mercados.

Para ampliar o comércio de carnes, a presidente da CNA defende a instalação de churrascarias brasileiras na China como forma de popularizar o consumo do produto. Afirma que a qualidade da carne brasileira está assegurada, pois o controle sanitário é feito por meio da Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), desenvolvida pela CNA em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

(*) Com informações da Assessoria de Comunicação da CNA

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