Brasília – A partir de agora, o Brasil poderá vender embriões bovinos in vitro para o Paraguai. O Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal paraguaio aprovou o Certificado Veterinário Internacional, elaborado pelo Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
“Essa decisão é o reconhecimento do trabalho do Ministério em garantir os requisitos sanitários exigidos para produção nacional e pelos países importadores. Também representa um selo de qualidade dos centros brasileiros de produção de embriões bovinos”, diz a diretora substituta do DSA, Valéria Burmeister.
A produção in vitro de embriões (PIVE) consiste na fertilização em laboratório e permite a multiplicação rápida de bovinos de corte e de leite com alto padrão zootécnico.
O Brasil é o maior produtor mundial de embrião bovino in vitro, com uma produção anual em torno 320 mil unidades, o que representa cerca de 50% do mercado mundial. O país já exporta esse tipo de produto para Botswana, Costa Rica, Etiópia e Moçambique.
Mercado de material genético
Para a abertura de mercado de material genético em geral (tanto embriões, quanto sêmen), o Mapa vem fazendo um trabalho de prospecção de mercados, junto com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ). “Como fruto desse trabalho, conseguimos recentemente a abertura de mercados como República Dominicana, Costa Rica, Etiópia e Moçambique”, informa o coordenador substituto de Trânsito e Quarentena Animal do DSA, Rodrigo Padovani.
O Brasil está em 20º lugar no ranking global de exportação de embriões e sêmen. Segundo Valéria Burmeister, por ter um rebanho de alto valor genético, “o país tem grande potencial para ampliar as vendas externas sobretudo aos países da faixa tropical.”
Fonte: Mapa