Indústria da carne: ano de 2013 será marcado pelos elevados custos de produção

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O ano de 2013 será marcado pelos elevados custos de produção para todos os setores da indústria da carne em razão da crise do encarecimento dos insumos, de acordo com projeções do presidente do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne), Clever Pirola Ávila.
O dirigente realça que a agroindústria catarinense, em especial, teve em 2012 um dos seus períodos mais desafiadores da história. O setor enfrentou muitos problemas e, “não bastassem os altos custos de matérias-primas, tivemos ainda as quase rotineiras barreiras não-comerciais estabelecidas pelos nossos parceiros comerciais como Argentina, África do Sul e Rússia, entre outros”.
O presidente do Sindicarne reclama da inoperância do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em aplicar políticas agrícolas para regularizar o abastecimento de grãos em Santa Catarina – em função da quebra de safra regional e mesmo dos Estados Unidos. “Tivemos que enfrentar sozinhos esse desafio, pagando custos ainda mais altos. Enquanto outras regiões são beneficiadas com essas políticas, nosso Estado continua sendo colocado em segundo plano”.
Ávila enfatiza que esses fatores se refletiram de forma muita negativa, levando alguns empresários a venderem seus ativos e outros a encerrarem suas atividades. Observa que muitos frigoríficos de aves ou de suínos fecharam no País.
Entre os aspectos positivos do ano recém-concluído, aponta os avanços na abertura de novos mercados para a carne suína catarinense: “Estamos perto de iniciar negócios com os Estados Unidos e intensificar a relação com a China. Completamos as fases de exigências para abertura do Japão e estamos aguardando a troca do Governo Japonês para carimbar nosso passaporte.”
Sob a ótica das novas tecnologias e da inovação, o Sindicarne trouxe para Santa Catarina com o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc) a aplicação do sistema de RFId, ou radiofreqüência de identificação, que revelou-se de extrema utilidade para a rastreabilidade da produção. O Sindicato aguarda homologação no Governo Federal para massificação da tecnologia – a primeira e única do Brasil no setor de aves e suínos.
Projeção para 2013 – “Não precisa ter bola de cristal para afirmar que 2013 também será um ano de custos altos”, expõe. Sublinha que a nova safra já está sendo comercializada a futuro com patamares de preços similares a 2012 – o que continuará afetando a competitividade da indústria catarinense.
Mesmo que as próximas safras mundiais normalizem o mercado, iniciará a reposição dos estoques de segurança alimentar – os quais neste momento são muito menores que o necessário. Por isso, o setor continuará a alinhar (elevar) seus preços em função dos custos já absorvidos, tanto no mercado interno como no mercado externo.
No plano comercial, Clever Ávila acredita que o Brasil abrirá o mercado do Japão para suínos, o que influenciará também na abertura da Coréia do Sul. “Se não houver nenhuma catástrofe climática, podemos afirmar que estaremos melhor posicionados no mercado para obtenção de resultados positivos”.
Ávila antecipa que, entre as novas tecnologias que serão desenvolvidas em 2013 no setor de proteína animal, situa-se a implantação do projeto-piloto de identificação dos animais por DNA com o apoio da Fapesc e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Fonte: MB Comunicação Empresarial

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