São Paulo – As cooperativas brasileiras reduziram em 19,6% as suas exportações para os países árabes em janeiro sobre o mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A receita com as vendas para o mundo árabe ficou em US$ 74,2 milhões no penúltimo mês, contra US$ 92,4 milhões em janeiro de 2013. Os dois principais compradores árabes, Emirados e Arábia Saudita, importaram menos.
A queda na receita com vendas das cooperativas para os árabes foi bem similar ao recuo ocorrido nas exportações brasileiras do segmento como um todo, de 17,48%. O faturamento deste setor com o mercado externo somou US$ 381 milhões em janeiro deste ano e US$ 461,7 milhões em igual mês de 2013. A queda da receita ficou em US$ 80,7 milhões. Já o recuo das vendas para o mundo árabe somou US$ 18,18 milhões.
O grande mercado das cooperativas brasileiras no exterior em janeiro foram os Estados Unidos, seguidos da Alemanha. Os Emirados ficaram em terceiro lugar no ranking geral, a Arábia Saudita em quarto e a China em quinto. Do mundo árabe, 16 países compraram das cooperativas brasileiras no período. Depois dos Emirados e Arábia Saudita, os maiores importadores foram Iêmen, Argélia, Egito, Tunísia, Marrocos, Líbia, Catar, Iraque, Omã, Líbano, Mauritânia, Jordânia, Kuwait e Bahrein.
As compras dos Emirados foram de US$ 27,7 milhões em janeiro deste ano e a diminuição sobre os valores do mesmo mês de 2013 ficou em 43,66%. As importações da Arábia Saudita somaram US$ 23,3 milhões, com recuo de 13,28%. As compras do Iêmen foram de US$ 8,2 milhões e cresceram 89%. As argelinas ficaram praticamente estáveis em US$ 4,3 milhões, e as dos egípcios mais do que dobraram para US$ 4,1 milhões.
Os principais produtos exportados pelas cooperativas em janeiro, para o mercado em geral, foram açúcar bruto, depois carne de frango, seguida de açúcar refinado, farelo de soja e etanol. O açúcar bruto gerou receita de US$ 72,1 milhões, 18,9% do total; a carne de frango, US$ 70,9 milhões, com 18,6%; o açúcar refinado, US$ 57,3 milhões, com 15%; o farelo de soja gerou US$ 41,2 milhões, o que representou 10,8% do todo; e o etanol, US$ 38,4 milhões, 10,1% do faturamento das cooperativas com mercado externo.
Fonte: ANBA