Deficit no comércio com a Africa segue em alta e soma US$ 3,370 bilhões no primeiro semestre

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Da Redação

Brasília – O deficit na balança comercial do Brasil com os países da África não para de crescer. Este ano, o saldo negativo registrado no primeiro semestre atingiu a cifra de US$ 3,370 bilhões, superior em 29,04% ao deficit de US$ 2,612 bilhões alcançado em igual período de 2013. A cifra negativa é quase o dobro do montante de US$ 1,844 bilhão  acumulado pelo Brasil no intercâmbio com os países africanos em todo o ano de 2013.

De janeiro a junho, as exportações brasileiras para África  tiveram uma queda de 14,49% e somaram US$ 4,391 bilhões (contra US$ 5,136 bilhões em igual período do ano pssado). Em contrapartida, as exportações africanas mantiveram-se praticamente estáveis (na verdade, tiveram um crescimento residual de 0,18%), totalizando US$ 7,761 bilhões (ante US$ 7,747 bilhões exportados ao Brasil no primeiro semestre de 2013).

Os diferentes tipos de açúcares foram os principais itens na pauta exportadora brasileira para a África. O item outros açúcares de cana gerou uma receita de US$ 936 milhões, uma queda de 12,08% ante os US$ 1,065 bilhão exportados para os países africanos no primeiro semestre do ano passado. Já os outros açúcares de cana, beterraba e sacarose tiveram um forte aumento de 51,60%, passando de US$ 346 milhões exportados no período janeiro/junho do ano passado para US$ 714 milhões este ano).

As exportações de carne bovina tiveram um expressivo aumento de 35,01%, passando de US$ 222 milhões em 2013 para US$ 300 milhões vendidos este ano. Caminho inverso percorreram as exportações de carne de frango. As carnes não cortadas em pedaços geraram receita de US$ 174 milhões, uma queda de 16,10% se comparadas com os US$ 174 milhões exportados no ano passado. Pedaços e miudezas, comestíveis de galos/galinhas tiveram uma queda ainda mais expressiva: 28,81%, passando de US$ 194 milhões no primeiro semestre do ano passado para US$ 138 milhões nos seis primeiros meses deste ano.

Queda igualmente relevante (-21,48%) foi registrada nas exportações de minérios de ferro aglomerados. Ano passado, as exportações do produto geraram uma receita de US$ 305 milhões. Este ano, o total exportado foi ligeiramente superior a US$ 239 milhões.

E o deficit com os países africanos só não foi ainda maior porque a Petrobrás reduziu em 7,05% as importações de petróleo do continente africano. Ano passado, as compras atingiram o montante de US$ 5,164 bilhões e este ano caíram para US$ 4,800 bilhões.

Em contrapartida, houve aumento nas importações de nafta para petroquímica (19,35% para US$ 1,123 bilhão, ante US$ 942 milhões importados no primeiro semestre do ano passado), gas natural, liquefeito (US$ 550 milhões, contra US$ 271 milhões importados em 2013) e outras naftas, exceto para petroquímica que deram um salto de impressionantes 2.566,43% este ano e atingiram o montante de US$ 124 milhões (contra US$ 4,666 milhões importados no período janeiro/julho de 2013). Também cresceram as importações de cacau inteiro ou partido. O aumento foi de 233,51% e as importações totalizaram US$ 89 milhões no primeiro semestre deste ano.

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