CNI projeta para 2019 superávit comercial de US$ 45 bilhões contra US$ 55 bilhões em 2018

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Da Redação (*)

Brasília – A balança comercial deverá registrar em 2019 um superávit de US$ 45 bilhões, segundo dados contidos na Edição Especial do Informe Conjuntural – Economia Brasileira  divulgada hoje (12) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI),em evento que contou com a presença do presidente da CNI, Robson Andrade.

De acordo com o Informe, em 2019 as exportações devem alcançar a cifra de US$ 255 bilhões, enquanto as importações totalizariam US$ 190 bilhões. Com esses números, o superávit de 2019 deverá ser 22,0% inferior àquele projetado para 2018.

Para  2018, a estimativa do órgão representativo da indústria nacional é de um saldo de US$ 55 bilhões, resultado de exportações no montante de US$  228 bilhões (alta de 4,7% na comparação com 2017) e importações da ordem de US$ 171 bilhões, um crescimento de 16,0% em relação ao volume exportado no ano passado.

O documento divulgado pela CNI destaca que a balança comercial foi superavitária ao longo do ano, acumulando até novembro, um resultado positivo de US$ 51,7 bilhões, inferior 16,7% ao saldo registrado nos onze primeiros meses de 2017. No período, as importações cresceram a taxas maiores que as exportações. A média mensal de crescimento das importações foi de 3,4%, enquanto as exportações cresceram mensalmente 2,6% em média.

No acumulado do ano até novembro, as importações totalizaram US$ 168,3 bilhões, 21,8% superior ao valor acumulado no mesmo período de 1017, e as exportações registraram US$ 220 bilhões, com uma alta de 9,9% na comparação anual.

A  análise feita pelos especialistas da CNI destaca que desde 2014, o superávit comercial vinha crescendo a taxas expressivas e sublinha que o resultado da balança comercial este ano mostra uma reversão nessa trajetória de crescimento, devido a turbulências internas e externas, mas também devido ao aquecimento da economia que levou ao aumento das importações.

Ainda de acordo com o Informe Conjuntural da CNI,, a guerra comercial (EUAxChina) e a  política contracionista do governo americano afetaram o câmbio, os investimentos e as relações comerciais de modo geral. Os produtos manufaturados brasileiros, que já vinham perdendo espaço no mercado global, não apresentaram recuperação. Já os produtos básicos e commodities ganharam importância como consequência dos atritos entre os Estados Unidos e a China.

A análise da CNI ressalta que os produtos básicos foram os que mais contribuíram para o superávit comercial, enquanto os manufaturados e semimanufaturados tiveram pior desempenho na balança comercial. Segundo a classificação por fator agregado, as exportações de produtos básicos e manufaturados cresceram 16,3% e 8,9% respectivamente, enquanto as de manufaturados diminuíram 3,1% no acumulado do ano até novembro. Por outro lado, as importações de manufaturados e semimanufaturados foram as que mais cresceram, 22,3% e 25% respectivamente, e as de produtos básicos cresceram 17% na mesma base de comparação.

(*) Com informações da CNI

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