Balança comercial volta a fechar no vermelho e deficit acumulado no ano totaliza US$ 1,350 bilhão

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Da Redação (*)

Brasília – É cada vez mais reduzida a possibilidade de a balança comercial brasileira vir a fechar o ano de 2013 com saldo positivo. Isto porque, de acordo com dados divulgados hoje (25) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), na quarta semana de novembro, a balança comercial apresentou exportações de US$ 4,151 bilhões e importações de US$ 5,501 bilhões, resultando em deficit de US$ 1,350 bilhão.

No mês, as exportações somam US$ 15,192 bilhões e as importações, US$ 14,818 bilhões, com saldo positivo de US$ 374 milhões. No ano, as exportações totalizam US$ 215,663 bilhões, as importações, US$ 217,118 bilhões, com saldo negativo de US$ 1,455 bilhão.

Análise da semana

A média das exportações da 4ª semana chegou a US$ 830,2 milhões, 24,8% abaixo da média de US$ 1,104 bilhão até a 3ª semana, em razão da retração das três categorias de produtos, a saber: básicos (-32,3%, de US$ 539,5 milhões para US$ 365,5 milhões, por conta, principalmente, de carne de frango e bovina, milho em grão, café em grão, petróleo em bruto e soja em grão), semimanufaturados (-23,6%, de US$ 128,4 milhões para US$ 98,1 milhões, motivado pela queda nas vendas de açúcar em bruto, ferro-ligas, couros e peles, ouro em forma semimanufaturada, e semimanufaturados de ferro/aço) e manufaturados (-16,5%, de US$ 413,4 milhões para US$ 345,1 milhões, em razão de plataformas de perfuração/exploração, automóveis de passageiros, autopeças, motores e geradores, polímeros plásticos e veículos de carga).

Do lado das importações, apontou-se crescimento de 18,1% sobre igual período comparativo (média da 4ªsemana, de US$ 1,100 bilhão / média até a 3ª semana, de US$ 931,7 milhões), explicada, principalmente, pelo aumento nos gastos com combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos, aparelhos eletroeletrônicos, veículos automóveis e partes e plásticos e obras.

Análise do mês

 Nas exportações, comparadas as médias até a 4ª semana de novembro/2013 (US$ 1,013 bilhão) com a de novembro/2012 (US$ 1,024 bilhão), houve retração de 1,1%, em razão do decréscimo das exportações de produtos semimanufaturados (-18,8%, de US$ 145,7 milhões para US$ 118,3 milhões, pelas quedas de alumínio em bruto, açúcar em bruto, ouro em forma semimanufaturada, semimanufaturados de ferro/aço, ferro-ligas e óleo de soja em bruto) e manufaturados (-5,4%, de US$ 412,9 milhões para US$ 390,6 milhões, em razão de plataforma para extração de petróleo, óleos combustíveis, aviões, açúcar refinado, autopeças, tratores, máquinas para terraplanagem e pneumáticos).

Por outro lado, cresceram as vendas de produtos básicos (+8,8%, de US$ 442,7 milhões para US$ 481,5 milhões, por conta, principalmente, de soja em grão, fumo em folhas, farelo de soja, petróleo em bruto, minério de cobre, carne bovina e de frango, e minério de ferro). Relativamente a outubro/2013, a média diária das exportações cresceu 2,1% (de US$ 992,2 milhões para US$ 1,013 bilhão), devido ao crescimento de produtos básicos (+15,0%, de US$ 418,6 milhões para US$ 481,5 milhões), enquanto decresceram as exportações de manufaturados (-8,6%, de US$ 427,4 milhões para US$ 390,6 milhões) e semimanufaturados (-3,9%, de US$ 123,1 milhões para US$ 118,3 milhões).

Nas importações, a média diária até a 4ª semana de novembro/2013, de US$ 987,9 milhões, ficou 4,4% abaixo da média de novembro/2012 (US$ 1,033 bilhão) e 1,4% inferior a outubro/2013 (US$ 1,002 bilhão). No comparativo com novembro/2012, diminuíram os gastos, principalmente, com combustíveis e lubrificantes (-26,3%), adubos e fertilizantes (-20,6%), cobre e suas obras (-14,6%), veículos automóveis e partes (-4,9%) e equipamentos mecânicos (-3,0%). Em relação a outubro/2013, houve queda, principalmente, nos seguintes produtos: cobre e suas obras (-17,1%), combustíveis e lubrificantes (-8,3%), veículos automóveis e partes (-8,0%), borracha e obras (-7,2%) e siderúrgicos (-7,1%).

(*) Com informações do MDIC

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