Balança comercial fecha agosto com superávit de US$ 1,2 bilhão; o pior resultado desde 2002

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Brasília – A balança comercial encerrou o mês de agosto com superávit (exportações maiores que importações) de US$ 1,226 bilhão. Apesar de positivo, o resultado é 61,9% inferior ao registrado no mesmo período de 2012, quando a balança ficou superavitária em US$ 3,222 bilhões. Além disso, trata-se do pior resultado para meses de agosto desde 2002.

No acumulado do ano, o saldo comercial continua deficitário, em US$ 3,764 bilhões, o número mais fraco para períodos de janeiro a agosto desde 1995, revertendo o superavit registrado nos oito primeiros meses de 2012 de US$ 13,149 bilhões.

O saldo comercial positivo em agosto foi resultado de exportações no valor de US$ 21,425 bilhões e de importações no valor de US$ 20,199 bilhões. Os dados foram divulgados hoje (2) pelo Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio Exterior.

As exportações mensais foram puxadas pelos produtos básicos, cujas vendas externas cresceram 2,9% na comparação com agosto de 2012, segundo o critério da média diária. Cresceu principalmente o comércio de soja em grão (aumento de 112,2%), minério de cobre (alta de 69,9%), carne bovina (17,3%), carne de frango (14%), carne suína (6,1%) e milho (2,5%). Os produtos de maior valor agregado continuaram a registrar retração nas vendas. Os negócios envolvendo itens manufaturados recuaram 3,5% e as vendas externas de semimanufaturados caíram 4,9%.

Quanto às compras do Brasil no exterior, a aquisição de combustíveis e lubrificantes encabeçou o crescimento das importações, mantendo a trajetória ascendente este ano. Houve crescimento de 41,4% nas compras desses produtos, levando-se em conta a média diária. Em função da parada programada para manutenção de algumas plataformas de petróleo, o país está importando mais e exportando menos este item. Na avaliação de parte do setor privado, a situação pode levar a balança comercial brasileira a encerrar o ano de 2013 com um pequeno déficit.

A redução do saldo se deve tanto ao aumento das importações como a queda das exportações brasileiras. Tanto o aumento das compras no exterior como as vendas para outros países atingem diversos produtos da balança comercial, mas o principal impacto negativo vem da conta petróleo, que registra o comércio exterior do óleo bruto e combustíveis derivados. Essa conta está negativa no ano em US$ 16,368 bilhões. O saldo total das demais trocas de produtos é positivo em US$ 12,604 bilhões.

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