Abinee prevê queda de 9% nas exportações e de 4% em importações de produtos eletroeletrônicos

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Da Redação (*)

Brasília – As exportações do setor eletroeletrônico devem ter uma retração de 9% em 2014, enquanto as importações do segmento poderão cair um pouco menos: 4%. Os dados fazem parte das estimativas divulgadas hoje  (4) pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), na capital paulista.

Na avaliação da entidade, As importações devem ser iguais ao registrado em 2014, atingindo os R$ 41,9 bilhões, e as exportações devem cair 1%.

De acordo com a Abinee, o setor de eletroeletrônicos deve faturar este ano R$ 159,4 bilhões. O resultado ficará 2% acima do registrado em 2013. A queda da produção de janeiro a setembro ficou em 2,1% e deve fechar o ano em 2%.

Com relação à área da automação industrial, os dados apontam crescimento de 4%, entretanto os equipamentos industriais diminuíram de 1%. De acordo com a Abinee, os segmentos mais afetados pela falta de investimentos foram telecomunicações (-5%), geração e transmissão de energia elétrica (-13%) e a indústria de material elétrico e de instalação (-3%).

Na avaliação da entidade, as perspectivas para 2015 são de um faturamento maior, com um crescimento de 2% em relação a este ano.

Humberto Barbato, presidente da Abinee
Humberto Barbato, presidente da Abinee

Ao apresentar as estimativas para o setor, o presidente da Abinee, Humberto Barbato, ironizou dizendo que gostaria que o ano de 2014 terminasse logo devido aos números apresentados. “Minha afirmação faz sentido porque lamentavelmente tivemos um nível de atividade ruim, com diferentes segmentos tendo grandes dificuldades e quedas consideráveis”. De acordo com ele, mesmo com alguns incentivos e medidas que facilitaram a sobrevivência do setor, os problemas prevaleceram.

Barbato citou como principais medidas de incentivo ao setor a desoneração de folha de pagamento, a renovação da Lei da Informática e a Lei do Bem (Lei 11.196/05, que concede incentivos fiscais às empresas que investem em pesquisa e desenvolvimento de inovação tecnológica).

“A desoneração foi bem-vinda, mas que fique claro que não é uma enorme desoneração. Houve redução para um segmento que estava extremamente onerado e que emprega um segmento importante. Esse era um fator que inibia as contratações. A medida incentiva os empregos”. Barbato avaliou que medidas como essa devem vir acompanhadas de ações de política cambial, porque a moeda valorizada “mata” a desoneração.

Os dados indicam também que os investimentos da indústria eletroeletrônica devem cair 5% este ano, passando dos US$ 4,2 bilhões, em 2013, para US$ 4 bilhões em 2014. O setor deve registrar ainda redução de 3 mil vagas de trabalho, com o total de trabalhadores empregados passando de 178 mil para 175 mil.

(*) Com informações da Agência Brasil

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