Exportações brasileiras de dispositivos médicos crescem 7,5% e somam mais de US$ 500 milhões no 1º semestre

Compartilhe:

Setor mira expansão global com protagonismo nos EUA e alerta para impacto de tarifa anunciada por Trump

Da Redação (*)

Brasília – A indústria brasileira de dispositivos médicos segue ampliando sua presença global e encerrou o primeiro semestre com um crescimento de 7,5% nas exportações em relação ao mesmo período de 2024, alcançando US$ 572,6 milhões em vendas internacionais. O desempenho reforça o reconhecimento da qualidade da #saudefeitanobrasil e o posicionamento cada vez mais estratégico do Brasil na cadeia global de saúde.

“Os resultados mostram que o mundo confia na tecnologia e na inovação da indústria nacional. Estamos falando de um setor que entrega qualidade, segurança e competitividade para os sistemas de saúde de diversos países”, afirma Larissa Gomes, gerente de projetos e marketing da Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (Abimo).

Esse avanço também se refletiu no desempenho das empresas participantes do Brazilian Health Devices (BHD), projeto setorial da Abimoi em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

As 135 fabricantes integrantes do programa somaram US$ 74,2 milhões em exportações no semestre, mantendo o ritmo de crescimento e abrindo novos mercados – mais da metade das empresas do BHD conquistaram novos destinos, enquanto 27,4% passaram a exportar produtos que antes eram comercializados apenas no Brasil.

 “É um movimento que mostra maturidade exportadora. Essas empresas estão inovando, diversificando seus produtos e alcançando novos compradores em diferentes regiões do mundo”, completa Larissa.

EUA, o principal mercado

Entre os 174 países que compraram da indústria brasileira no geral, os Estados Unidos continuam liderando como principal destino, com importações que superam US$ 150 milhões, mais de um quarto do total exportado. O número expressivo reforça a preocupação do setor diante do “tarifaço” anunciado pelo governo de Donald Trump, que pretende aplicar uma alíquota de 50% sobre todos os produtos brasileiros que entrarem no país.

Logo após os EUA, os países latino-americanos figuram como importantes compradores da indústria brasileira: a Argentina aparece em segundo lugar com US$ 44,7 milhões, seguida por Colômbia (US$ 42,5 milhões), México (US$ 41,2 milhões) e Chile (US$ 29,4 milhões). Juntos, esses cinco mercados respondem por 53,7% do total exportado pelo setor.

O desempenho do trimestre inicial foi decisivo para esse crescimento. Apenas nos meses de janeiro, fevereiro e março, o setor acumulou US$ 288,4 milhões em vendas, impulsionando o resultado do semestre.

O que o Brasil exporta

Entre janeiro e junho de 2025, mais de 200 tipos de produtos foram exportados para diferentes regiões do mundo. Os itens médico-hospitalares representaram 66,3% do total e cresceram 6,27% no período. Entre os destaques estão categutes esterilizados para suturas cirúrgicas (US$ 76,1 milhões), válvulas cardíacas (US$ 49,3 milhões), sacos e bolsas de plástico para uso médico (US$ 37,2 milhões) e pensos adesivos (US$ 24,5 milhões).

A odontologia também segue em bom ritmo, com US$ 67,13 milhões exportados e alta de 7,45% em relação ao primeiro semestre de 2024. Já o segmento de reabilitação, com US$ 64,3 milhões, teve o maior crescimento percentual: 19,9%.

(*) Com informações da Abimo

Tags: