Da Redação
Brasília – O governo brasileiro comemorou nesta sexta-feira (8) o anúncio da agência de controle sanitário de Singapura de que o Brasil foi elevado à categoria de pré-listagem para exportação de carne bovina, suína, ovina e de frango e de seus produtos processados.
Na avaliação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a aprovação do processo de pré-listagem, por meio do qual o Mapa passa a ser o responsável por habilitar os frigoríficos aptos a exportar a Singapura, demonstra a confiança do governo daquele país na qualidade do sistema sanitário brasileiro.
Em 2022, o Brasil exportou ao país asiático aproximadamente US$ 600 milhões em carnes e seus produtos.
Para a Associação Brasileira de Proteína Animal, na prática, mais empresas poderão acessar este mercado, já que desburocratiza e democratiza as exportações para esse mercado que é de alto valor agregado e está entre um dos mais importantes destinos de nossas exportações. No caso da carne suína, Singapura é o quinto principal destino em 2023, com importações totais de 57,9 mil toneladas entre janeiro e novembro, gerando receita de US$ 148 milhões. O país também é o décimo primeiro maior importador da carne de frango do Brasil, com 121 mil toneladas nos onze primeiros meses deste ano, com receita de US$ 264,8 milhões.
“Singapura é um mercado estratégico e de alto valor agregado para a proteína animal do Brasil. Esperamos ganhar ainda mais competitividade por lá, ampliando o número de players que atuarão nas exportações”, analisa o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.
Neste ano, antes de Singapura, o Reino Unido, Chile e Cuba estabeleceram o mesmo sistema de equivalência.
“Há um sólido aumento na adoção de pré-listing para as exportações brasileiras. Este é um reconhecimento importante à credibilidade de nosso sistema e do nosso país quanto à preservação de processos, o atendimento aos critérios e a elevada qualidade da produção e da inspeção, permitindo avanços sem precedentes nas exportações do país. É, também, o resultado de um amplo trabalho estratégico do Ministério da Agricultura, com o apoio do Ministério das Relações Exteriores, para a abertura e ampliação de novos mercados para o país”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Esse novo anúncio soma-se à recente abertura do mercado de Singapura para gelatina e colágeno bovinos, para crustáceos e moluscos bivalves congelados e para carnes bovina e suína processadas do Brasil, o que deverá contribuir para o aumento do fluxo comercial com aquele país.