Apesar da queda nas exportações, aumenta 9,24% superávit do Brasil no comércio com o Equador

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Da Redação

Brasília – As exportações brasileiras para o Equador registraram uma queda de 9,24% para US$ 525 milhões no período janeiro/agosto, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Na outra ponta do comércio bilateral, as vendas equatorianas para o Brasil tiveram uma redução mais branda: – 1,66% para US$ 93 milhões. Apesar da queda nas exportações, nos oito primeiros meses do ano, o intercâmbio bilateral proporcionou ao Brasil um superávit de US$ 618 milhões. Em todo o ano de 2013, o saldo em favor do Brasil somou US$  679 milhões.

Os dados do MDIC mostram aumentos expressivos em alguns dos principais produtos que integram a pauta exportadora brasileira para o Equador. As vendas de outros polietilenos s/carga, por exemplo, aumentaram 103,19% e geraram receita no valor de US$ 17 milhões (contra US$ 8 milhões entre janeiro e agosto do ano passado). Da mesma forma, as exportações de milho totalizaram US$ 14 milhões, um aumento de 80,87% sobre os US$ 8 milhões exportados ano passado.

Maior ainda foi o aumento (+ 788,32%) nas exportações de outras construções e sua partes de ferro fundido/ferro/aço, que saltaram de US$ 1,2 milhão em 2013 para US$ 13,2 milhões este ano. Principal fornecedor de papel/cartão “Kraftliner” ao Equador, o Brasil já vendeu este ano US$ 7 milhões ao país vizinho, um aumento de 615,05% sobre exportações no valor de US$  1,4 milhões vendidos no ano passado.

Ao mesmo tempo em que esses e outros produtos tiveram as exportações para o Equador ampliadas de forma significativa, outros itens registraram quedas não menos relevantes. Foi o que aconteceu, por exemplo, com as vendas de automóveis, que caíram para US$ 4 milhões este ano depois de terem atingido a cifra de US$ 5,2 milhões entre janeiro e agosto de 2014.  Maior ainda foi a queda (52,25%) nas exportações de outros laminados de ferro/aço, que despencaram de US$ 24 milhões para US$ 12 milhões.

Igualmente significativa voi a redução nas exportações de celulares (-68,32%), que passaram de US$ 19 milhões para pouco mais de US$ 6 milhões. Também merece registro a forte contração (-43,33%) nas vendas de bagaços e outros resíduos sólidos da extração do óleo de soja, que somaram pouco mais de US$ 16 milhões este ano contra US$ 29 milhões exportados ao Equador no período janeiro-agosto de 2013.

Do lado do Equador, os dados do MDIC revelam aumentos importantes em vários dos principais produtos exportados para o Brasil. A pauta equatoriana foi liderada, de janeiro a agosto, pelo item bombons, caramelos, confeitos e pastilhas, sem cacau, que geraram uma receita no valor de US$ 13 milhões, superiores em 18,38% aos US$ 11 milhões vendidos ao Brasil nos oito primeiros meses do ano passado.

Já as preparações e conservas de atuns inteiros ou em pedaços aumentaram 119,21% para US$ 13 milhões (US$ 6 milhões exportados no ano passado). Também cresceram as exportações equatorians de preparações, conservas de bonitos-listrados, inteiros/pedaços (+ 43,22%), no montante de US$ 8,5 milhões (US$ 6 milhões em 2013). Maior ainda foi o aumento (209,39%) nas vendas de pasta de cacau, que geraram receita no valor de US$ 1 milhão, contra US$ 314 mil vendidos ao Brasil no período janeiro/agosto do ano passado.

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