Agência Brasil
São Paulo – O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Welber Barral, disse na manhã de hoje (7) que o superávit da balança comercial do país deverá ficar em cerca de US$ 15 bilhões este ano. Esse resultado, segundo ele, representa uma redução “de mais ou menos 40%” em comparação ao ano passado, devido principalmente ao aumento nas importações.
Mesmo assim, assinalou Barral, a meta de exportações projetada pelo ministério para o ano será alcançada. “Nossa meta [de exportações] para este ano é de US$ 195 bilhões e vamos atingir.”
De acordo com o secretário, nos últimos seis meses o ministério tem se dedicado à elaboração da Política de Desenvolvimento Produtivo 2011-2014 (PDP 2). Por meio desse trabalho, o ministério analisou mais de 40 setores da economia nacional e preparou uma relação com ações necessárias ao país no comércio exterior.
O documento será entregue à presidenta eleita, Dilma Rousseff, disse Barral. Segundo ele, o trabalho mostra que o grande desafio do próximo governo, mais do que o câmbio, é encontrar solução para os problemas de logística e de tributação no país.
“Se tivéssemos uma logística mais barata, se tivéssemos um sistema tributário mais simples, se não tivéssemos tanta burocracia, o câmbio não seria tão importante”, enfatizou Barral. “Na medida em que não conseguimos avançar nessas reformas, o câmbio se torna um elemento fundamental”, afirmou o secretário, após participar de um painel que discutiu as perspectivas das relações entre o Brasil e os Estados Unidos, na Câmara Americana de Comércio (Amcham).
Sobre o comércio com os EUA, Barral disse que as exportações brasileiras cresceram 19% este ano, mas “não chegaram ao nível do comércio de 2008, um ano recorde”. Já as importações cresceram 35% em 2010, provocando um déficit de quase US$ 7 bilhões no comércio bilateral.
