Vendas externas de calçados seguem em recuperação com alta nos embarques e nas receitas

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Novo Hamburgo (RS) – O segundo mês do ano manteve o crescimento nas exportações de calçados. No mês passado, conforme levantamento elaborado pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), foram embarcados 11 milhões de pares que geraram US$ 84,4 milhões, incrementos de 17,4% em volume e de 8,8% em receita no comparativo com igual mês de 2018. Com isso, no acumulado do ano, somam comercializados no exterior 26 milhões de pares por US$ 183,7 milhões, altas tanto em volume (26%) quanto em dólares (16%).

O presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein, destaca que o resultado positivo tem sido puxado, sobretudo, pelo incremento das vendas aos Estados Unidos. “Como forma de precaução frente a possíveis entraves que possam ser provocados pela guerra comercial entre Estados Unidos e China, o importador daquele país vem diversificando suas fontes de fornecimento de calçados. Com isso, ganhamos espaço”, avalia o executivo, ressaltando que em fevereiro os embarques para lá cresceram 66% na relação com o mesmo mês de 2018.

Destinos

O principal destino dos embarques brasileiros no bimestre foi os Estados Unidos. No acumulado, os norte-americanos importaram 3 milhões de pares por US$ 37,74 milhões, altas de 67,7% em volume e de 59% em receita ante o mesmo ínterim de 2018. O segundo destino foi a França, que ultrapassou a Argentina no ranqueamento. No bimestre, os franceses compraram 2,7 milhões de pares por US$ 14,34 milhões, incremento de 8% em volume e queda de 12,4% em receita em relação ao ano passado. A Argentina, que vem diminuindo as importações desde o segundo semestre de 2018, importou, no período, 902 mil pares por US$ 11,27 milhões, quedas de 13,5% em volume e de 34,3% em receita no comparativo com igual intervalo do ano passado.

Origens

Os gaúchos seguem no topo do ranking dos exportadores de calçados. No bimestre, partiram do estado do Sul 4,84 milhões de pares, pelos quais foram pagos US$ 74,43 milhões, incrementos tanto em volume (18,4%) quanto em receita (6,8%) no comparativo com mesmo período do ano passado. A segunda origem das exportações do setor foi o Ceará, de onde foram embarcados 11,58 milhões de pares por US$ 63,53 milhões, altas de 30,4% e de 43%, respectivamente, na relação com mesmo ínterim de 2018. Ultrapassando São Paulo no ranqueamento, a Paraíba foi o terceiro maior exportador de calçados no bimestre. Os paraibanos embarcaram 5 milhões de pares que geraram US$ 15 milhões, incrementos tanto em volume (36%) quanto em receita (36,8%) na relação com mesmo período de 2018.

Importações

Já as importações de calçados, no bimestre, cresceram 9,5% em volume e registraram queda de 3,7% em receita no comparativo com período correspondente do ano passado. No bimestre, entraram no Brasil 6,28 milhões de pares por US$ 70 milhões. Segregando o mês passado, foram importados 3,5 milhões de pares por US$ 30,67 milhões, incremento de 24,3% em volume e queda de 6,7% em receita na relação com fevereiro de 2018.

As principais origens dos dois primeiros meses foram Vietnã (2 milhões de pares e US$ 34,4 milhões, quedas de 12% e de 18,4%, respectivamente), Indonésia (1 milhão de pares e US$ 16 milhões, incrementos de 54,2% e 31,4%) e China (2,43 milhões de pares e US$ 8 milhões, incrementos de 23,5% e 11,5%).

Em partes de calçados – cabedais, palmilhas, solas, saltos etc – as importações somaram US$ 6,58 milhões, 53,7% menos do que no primeiro bimestre de 2018. As principais origens foram China, Vietnã e Paraguai.

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(*) Com informações da Abicalçados

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