Singapura, cidade-Estado, 5º. principal destino das exportações do Brasil, gigante do comércio mundial

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Da Redação

Brasília  – Singapura, um pequeno país –na verdade, uma cidade-Estado-, é hoje o quinto principal destino das exportações brasileiras, à frente de países como a França, Itália, Canadá, México, Espanha e muitos outros  importadores de produtos brasileiros em todo o mundo.

Essa marca foi alcançada no acumulado de janeiro a abril graças a um forte aumento de 147,8% que levou as exportações para o pequeno país asiático a um total de US$ 1.862 bilhão. Em todo o ano de 2019, as exportações para Singapura somaram US$ 2.881 bilhões e o país foi o décimo-sexto destino das vendas externas brasileiras.

Localizado estrategicamente na área que mais cresce no mundo, a chamada “Pérola da Ásia” tem sua economia baseada no capitalismo financeiro e industrial e produz, entre muitos outros bens, máquinas e equipamentos eletrônicos de última geração.

Graças a essa produção intensiva e de alta qualidade e à modernidade de suas instituições voltadas para o comércio exterior, Singapura é um dos grandes players do comércio internacional.

Em 2019, o fluxo de comércio singalês alcançou o total de US$ 750 bilhões, segundo dados da Organização Mundial do Comércio (OMC). No período, a balança comercial brasileira (exportação+importação) totalizou pouco mais da metade desse valor, US$ 401 bilhões.

No primeiro quadrimestre deste ano, Singapura teve uma participação de 2,76% nas exportações totais do Brasil e, no tocante às importações, o país asiático embarcou para o Brasil produtos no total de US$ 180 milhões e com isso  alcançou uma participação de 0,3% nas compras realizadas por empresas brasileiras no exterior.

O  petróleo foi o maior responsável pelo salto exponencial das exportações brasileiras para Singapura. Dentre os cinco principais produtos da pauta exportadora, os óleos combustíveis, com uma receita no total de US$ 1.17 bilhão, devido a uma forte alta de 240% comparativamente com o mesmo período do ano passado, ficou com um percentual de 63% das exportações totais àquele país, seguidos por óleos brutos de petróleo que, beneficiados por um impressionante aumento de 960% geraram com receita de US$ 393 milhões.

Também contribuíram para a elevação das exportações para Singapura  itens como demais produto da indústria de transformação, com um total de US$ 65 milhões (participação de 3,5% nas exportações), carnes de aves, no valor de US$ 63 milhões (participação de 3,4%) e ferro-gusa, que gerou uma receita de US$ 50 milhões (correspondentes a 2,7% do valor total exportado).

Por outro lado, as exportações de Singapura para o Brasil tiveram uma queda de 21,6¨% para US$ 180 milhões, com participação residual de 0,3% nas importações brasileiras no período. A pauta exportadora envolveu produtos como válvulas e tubos termiônicas (US$ 41 milhões), outros medicamentos (US$ 22 milhões), inseticidas (US$ 18 milhões), compostos orgânicos (US$ 11 milhões) e instrumentos e aparelhos de medições (US$ 10 milhões).

Gigante do comércio internacional

De acordo com os dados da OMC, Singapura faz parte do grupo dos 20 maiores players do comércio internacional. Em relação às exportações, no ano passado, o país ocupou a décima-quinta posição do ranking mundial, com exportações no total de US$ 391 bilhões e uma participação de 2,1% nas vendas externas de todo o mundo.

Na relação dos grandes importadores mundiais, Singapura ocupou  a décima-sexta posição, tendo importado bens no valor de US$ 359 bilhões (valor próximo do total das exportações e importações brasileiras no período), à frente de países como Suíça, Polônia, Emirados Árabes, Federação Russa, Vietnã, Austrália, Malásia e Áustria. A participação de Singapura no volume total das importações mundiais foi de 1,9%, contra apenas 1% do Brasil.

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