Seca na hidrovia Tietê-Paraná leva produtor a debater alternativas para escoamento da safra

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Brasília Com o início do plantio da safra 2014/2015, o setor agropecuário já pensa em alternativas para o escoamento da produção, diante da estimativa de mais uma colheita recorde. Nos últimos meses, muitos agricultores do centro-sul brasileiro convivem com o problema da interrupção do transporte de cargas pela hidrovia Tietê-Paraná, por conta da falta de chuvas, e irão depender mais das rodovias para levar os grãos até os portos.

O tema foi um dos pontos discutidos na quinta-feira (16/10), em reunião da Câmara Temática de Logística e Infraestrutura (CTLOG), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que aconteceu na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília.

A hidrovia sempre foi uma das alternativas para o transporte de milhões de toneladas de grãos vindos das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, mas teve a navegação interrompida pelo volume insuficiente de água no leito.

“Nem governo nem ninguém pode fazer muita coisa se não houver chuva na região”, avaliou o vice-presidente diretor da CNA e presidente da CTLOG, José Ramos Torres de Melo Filho. Ele informou que um grupo de trabalho da CTLOG irá estudar a situação da hidrovia. “A situação é muito mais grave em função de problemas que não podemos interferir”, completou Torres de Melo, em referência à seca que prejudicou o transporte nesta malha hidroviária.

Escoamento

Uma das alternativas para o escoamento da safra, debatidas no encontro, seria viabilizar o transporte da produção até os portos do Arco Norte. Segundo o secretário de Política Agrícola do Mapa, Seneri Paludo, a expectativa é de que 26 milhões de toneladas sejam exportadas pela região, principalmente por São Luís (MA), o que ajudaria a desafogar p volume de cargas que chega aos portos do Sul e Sudeste.

Fonte: CNA

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