Brasília – Os produtores rurais que visitarem a AgroBrasília 2014 vão poder conferir as vantagens econômicas e sociais da produção agrossilvipastoril em sistemas integrados e sustentáveis. Na sexta-feira, 16 de maio, será realizado o já tradicional Dia de Campo sobre integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF). Além das técnicas demonstradas a campo, o evento vai aprofundar a divulgação de todas as tecnologias do Plano Agricultura de Baixo Carbono (ABC), abordar os recursos disponíveis para a área e incentivar a implantação desses métodos pelos agricultores da região.
Os sistemas de produção integrados são a aposta de especialistas para garantir uma agricultura mais eficiente e de qualidade no futuro. O presidente da Embrapa Cerrados, José Roberto Rodrigues Peres, afirma que a região viverá uma nova fase, com a implantação de um novo modelo de produção.
“Nosso desafio para os próximos anos é inserir sistemas sustentáveis e trabalhar como carro-chefe a iLP (integração Lavoura-Pecuária) e iLPF. O futuro da agricultura no Cerrado é verticalizar a produção através da integração”. Segundo ele, apesar de existir a previsão para abrir novas fronteiras agrícolas, a preocupação da entidade é expandir o rendimento das áreas já consolidadas. Além disso, o Cerrado tem cerca de 30 milhões de hectares degradados que podem ser recuperados com esses sistemas. “Entrando com iLP ou iLPF você pode aumentar muito a eficiência da produção. A próxima revolução da agricultura são esses sistemas”, conclui.
O Dia de Campo de iLPF da AgroBrasília 2014 vai apresentar um balanço parcial da atividade implantada na unidade demonstrativa do Parque Tecnológico Ivaldo Cenci. O objetivo é mostrar a realidade das despesas e receitas, a viabilidade econômica e também os benefícios práticos para o produtor com base nos dados locais. O sistema integrado é novo (três anos), as árvores ainda não passaram pelo corte, por exemplo, o que impede uma análise total e aprofundada, como explica o engenheiro agrônomo Ronaldo Trecenti da empresa Campo, parceira na realização do evento.
“Nosso foco é a realidade do produtor. Esta unidade na AgroBrasília está instalada num arranjo específico, dentro da estrutura que o agricultor daqui tem, para a visão do produtor médio da Coopa-DF e da região. Vamos fazer análise criteriosa da viabilidade, a perspectiva de retorno pra um produtor adotar essas tecnologias. Mas existem muitas dúvidas, o sistema é novo. Vamos levar pelo menos sete anos pra poder ter um resultado abrangente. Mas é importante mostrar o que é feito in loco e incentivar a adoção dessas técnicas”, explicou.
A mudança de pensamento é mais importante. Os sistemas integrados protegem os produtores dos riscos climáticos e de mercado, pois diversifica a produção, e também é sinal de comprometimento com a sustentabilidade. “É necessário mudar o foco, a percepção. Com isso, o agricultor faz sua parte e se sente responsável, confortável. A autoestima aumenta muito. Pequenos produtores de Minas Gerais que instalaram o iLPF ficaram muitos satisfeitos com o conforto animal, a produção leiteira aumentou, já estão tendo renda também com a silvicultura e aplicando recursos próprios sem precisar recorrer a financiamentos”, comemorou Trecenti.
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Fonte: Assessoria de Imprensa da AgroBrasilia