Fonte: ANBA
Rio de Janeiro – O Catar tem poderio econômico para fazer uma Copa do Mundo excepcional. A declaração foi feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta sexta-feira (03), durante coletiva de imprensa aos correspondentes estrangeiros no Rio de Janeiro. Lula avaliou como positiva a escolha da Federação Internacional de Futebol (Fifa) de realizar uma Copa do Mundo em uma região que, segundo ele, aparece na imprensa por causa da violência no Oriente Médio ou pela quantidade de petróleo. “Quem conhece o Catar como eu conheço e muitos de vocês conhecem, sabem que eles têm poderio econômico para realizar uma Copa excepcional”, afirmou o presidente.
O país árabe vai sediar a Copa do Mundo de 2022, segundo anúncio feito pela Fifa ontem (2) e a Rússia a competição de 2018. O Brasil sediará a disputa em 2014 e por isso repassará a bola para os russos quatro anos depois. “Vai ser muito interessante, quando terminar a Copa do Mundo, a final no Brasil, saber que o Brasil estará se preparando para jogar em Moscou, numa época do ano que a Rússia está muito bonita, nada de neve. E eu achei extraordinário, de muita sabedoria da Fifa (a decisão) porque é preciso descentralizar a Copa do Mundo. A Rússia é um país grande, nunca tinha feito uma Copa do Mundo, é justo”, afirmou Lula.
Questionado sobre os investimentos que o Brasil fará para a realização da Copa do Mundo e os prejuízos que a competição trouxe a outros países, como Grécia e África do Sul, Lula reafirmou as vantagens de sediar uma competição deste porte. “A Copa do Mundo é tão deficitária que os Estados Unidos queriam fazer outra vez”, ironizou Lula. Ele lembrou que governo federal não está colocando dinheiro nas obras, mas disponibilizou, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), financiamento para que os estados o façam. E afirmou que este dinheiro será devolvido pelos estados.
O presidente lembrou que além da Copa do Mundo de Futebol, a estrutura será utilizada em outros grandes eventos esportivos, como a Copa das Américas (2015) e Olimpíadas (2016). “Teremos cinco anos de atividades esportivas”, afirmou o presidente. “Vamos fazer uma Copa do Mundo exemplar. Esperamos que muita gente venha para ver do que somos capazes”, afirmou. E brincou sobre o futebol, afirmando que o que não pode acontecer é o Brasil perder uma final no Estádio do Maracanã, como em 1950. “Daí será um transbordo de lágrimas”, afirmou.