Brasília – A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, durante reunião com a diretoria da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), manifestou sua preocupação com a agressiva campanha de marketing que a JBS Friboi colocou nos meios de comunicação por entender que a referida campanha “representa uma ameaça ao equilíbrio do mercado de carne bovina no Brasil ao divulgar que sua marca é a única com atributos de qualidade”.
“A pretensão do JBS, utilizando-se de recursos públicos e financiamentos com juros de pai para filho, que as demais empresas não têm, é destruir a concorrência e formar seu sonhado monopólio”, afirmou Kátia Abreu.
O presidente da Abrafrigo, Péricles Salazar, agradeceu o apoio da CNA em relação ao assunto e informou que a associação estuda medidas legais cabíveis contra esse tipo de publicidade antiética e enganosa. A Abrafrigo já entrou com uma representação junto ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) pedindo medidas urgentes. “Queremos a suspensão desta campanha publicitária por ser danosa à cadeia econômica da carne”, disse Salazar.
A reunião ocorreu na última terça-feira (09/07), ocasião em que a presidente da CNA destacou temas como o Plano Nacional de Defesa Agropecuária, o interesse da entidade num acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, além da realização de um Seminário Internacional, em setembro, na cidade de Pequim, na China, de promoção de produtos brasileiros, especialmente a carne bovina.
Durante o encontro, a presidente da CNA entregou a Abrafrigo proposta para que a entidade participe de uma campanha de marketing cujo objetivo é divulgar o agronegócio. Pelé e Murilo Benício, contratados da instituição, poderão realizar publicidade da carne brasileira, destacando que o produto vendido nos supermercados é inspecionado e de boa qualidade para o consumo, independentemente da marca ou do rótulo que a mesma contenha. “A marca que vale é a do Sistema de Inspeção Federal, Estadual ou Municipal (SIF)”, destacou Kátia Abreu.
A presidente da CNA criticou, ainda, medidas coercitivas e arbitrárias, praticadas pelo Ministério Público Federal (MPF), em especial os Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) impostos aos frigoríficos e supermercados do país. Os frigoríficos estão sendo pressionados a assinar os TACs que lhes impõem obrigações sem respaldo legal e que são impossíveis de serem cumpridas.
Esses TACs abrem espaço a interpretações subjetivas, atentando contra a segurança jurídica da atividade no Brasil. Apesar disso, os frigoríficos que se recusam a assiná-los estão sendo coagidos. Ou assinam, ou respondem à ação civil pública, e ainda ficam sujeitos ao pagamento de indenizações exorbitantes.
Seminário na China_ A presidente da CNA convidou a diretoria da Abrafrigo para participar do Seminário Internacional do dia dois de setembro, em Pequim, na China. O objetivo específico deste evento é buscar novas oportunidades de negócios com os chineses, especialmente nos segmentos de carne bovina, café, suco de laranja e algodão.
A senadora lembrou que a CNA já dispõe de um escritório de representação em território chinês, que pode ser ampliado a partir do incremento do comércio bilateral. A CNA está empenhada em divulgar e ampliar a marca da carne bovina do Brasil naquele país. Quem chefia este escritório é o embaixador Marcos Caramuru de Paiva, que foi Cônsul Geral do Brasil em Xangai.
Kátia Abreu informou, ainda, sobre a importância do Plano de Defesa Agropecuária. Ela lembrou que, por ocasião do lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2013/2014, a presidente Dilma Rousseff anunciou ações, apoiadas integralmente pela CNA, no sentido de fortalecer a criação de uma rede nacional de laboratórios de análise.
Assessoria de Comunicação CNA