O Perfil País Índia traz dados diversos sobre o país, como relações comerciais com o Brasil, oportunidades de mercado e informações sobre acordos e investimentos
Da Redação (*)
Brasília – A Associação Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos (ApexBrasil) atualizou recentemente o Perfil País India, com uma vasta rede de informações recentes sobre a economia do país e também sobre as relações comerciais e de investimentos entre o Brasil e a Índia,
O Perfil acentua que, acordo com projeção da Organização das Nações Unidas (ONU), em abril deste ano o país ultrapassou a China em tamanho de população. A estimativa da ONU contabiliza 1,428 bilhão de habitantes na Índia e 1,425 bilhão na China.
A Índia é, também, a quinta maior economia do mundo. De acordo com a Economist Intelligence Unit, divisão de dados e análises associada ao Jornal The Economist, o país apresentará o maior crescimento anual entre os membros do G20 no mínimo até 2028.
O estudo atualizado pela ApexBrasil mostra que, em 20 anos, as relações comerciais entre Índia e Brasil foram ampliadas, e a Índia passou de 26º destino para 10º maior destino das exportações do Brasil, perfazendo US$ 6,3 bilhões em 2022. Para se ter uma ideia, enquanto as exportações totais brasileiras para o mundo cresceram 8,4% ao ano, as vendas para a Índia aumentaram 13,7%.
Nos cinco primeiros meses de 2023, depois de registrarem um crescimento de 31,3% para US$ 6,302 bilhões em todo o ano passado, as exportações brasileiras para a Índia caíram 16,8% e somaram US$ 1,733 bilhão. Do outro lado, as exportações indianas tiveram uma queda bem menor, de 4,7%, para um total de US$ 2,998 bilhões. A corrente de comércio bilateral (exportação+importação) totalizaram US$ 4,731 bilhões e as trocas proporcionaram aos indianos um superávit de US$ 1,265 bilhão.
Exemplo da expansão do comércio exterior entre os dois países são os nove Projetos Setoriais da ApexBrasil que têm foco na Índia, que são citados no Perfil. A publicação aponta, nesse sentido, 399 oportunidades para produtos brasileiros, identificadas pelo Mapa de Oportunidades, uma plataforma exclusiva da ApexBrasil. São oportunidades para combustíveis minerais, lubrificantes e materiais relacionados; máquinas e equipamentos de transporte; e produtos químicos.
Outra contribuição do Perfil são informações sobre tarifas e acordos comerciais. Entre os 17 acordos comerciais assinados pela Índia, há um Acordo de Escopo Parcial com o Mercosul, em vigor desde 2009. Uma curiosidade: o setor “Açucares de melaços” não faz parte do Acordo de Comércio Preferencial entre o Mercosul e a Índia, estando assim sujeito a uma tarifa de importação de 100%. Apesar disso, entre 2013 e 2021 a participação do Brasil nas importações indianas variou entre 85,5% e 100%, evidenciando a alta competitividade do açúcar brasileiro.
Investimentos e cooperação
Dados sobre investimentos entre os dois países também estão contemplados no Perfil Índia, que mostra que o estoque de Investimentos Estrangeiros Diretos da Índia no Brasil foi de US$ 1,4 bilhão em 2021.
Um exemplo de investidor importante é o maior conglomerado indiano, o Tata Sons: ele atua no setor automotivo, com fábrica em Itatiaia (RJ), e no setor de tecnologia da informação e comunicação, por meio do Centro de Terceirização de Processos, em Londrina (PR). Outro investidor de destaque é a empresa Sterlite, hoje um importante player no mercado brasileiro de transmissão de energia, atuando em todos os 14 projetos de infraestrutura que contam com participação de empresas indianas.
O Perfil Índia atualizado apresenta, ainda, dados sobre a expansão internacional das empresas brasileiras, com números e informações sobre projetos de investimento greenfield de empresas como Alpargatas e Gerdau – o termo se refere a investimentos que começam “do zero”, em um campo ainda inexplorado. Além disso, a publicação identifica uma importante participação da empresa Tractabel Energia como consultora na construção de uma usina hidrelétrica, setor no qual empresas brasileiras possuem ampla expertise em função de seu peso na matriz elétrica brasileira.
Clique aqui para acessar o estudo na íntegra.
(*) Com informações da ApexBrasil
Créditos pela imagem: Envato Elements