Países do Oriente Médio e da União Europeia aumentam importações de carne de frango brasileira

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São Paulo – Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito, Kuwait e os países-membros da União Europeia aumentaram suas compras de carne de frango do País em abril, mês em que o setor exportou 339,6 mil toneladas, 2,6% a mais do que em igual período de 2012. A receita somou US$ 770,5 milhões, alta de 17,3% em relação a abril do ano passado, de acordo com dados divulgados nesta pela União Brasileira de Avicultura (Ubabef).

Segundo o diretor de mercados da Ubabef, Ricardo Santin, alguns países árabes estão voltando a comprar o mesmo volume que importavam antes de crise econômica e das turbulências políticas da Primavera Árabe. Ele também disse que as exportações brasileiras para a região são de complementariedade, ou seja, podem variar conforme a produção local.

Em abril, o Egito comprou aproximadamente 10 mil toneladas. Nos três primeiros meses do ano, o país do norte da África importou cinco mil toneladas por mês. Já as compras do Kuwait, que eram de cerca de 9,5 mil toneladas por mês chegaram a 12 mil toneladas em abril. Os Emirados Árabes Unidos importaram 22 mil toneladas no mês passado e a Arábia Saudita, que chegou a comprar 60 mil toneladas no começo deste ano, importou 57 mil toneladas em abril.

“O importante é que, embora as compras variem um pouco entre um mês e outro, elas têm apresentado uma tendência de crescimento, o que é bom para o setor”, afirmou Santin. Atualmente, os países do Oriente Médio e do Norte da África correspondem a 36% das exportações brasileiras.

Produção e faturamento

No acumulado do ano, foram embarcadas 1,241 milhão de toneladas, 4,93% menos do que nos primeiros quatro meses de 2012. Já a receita no ano cresceu 26,5% e chega a US$ 2,701 bilhões. Segundo a Ubabef, em 2012 foram alojadas 46,5 milhões matrizes de aves para a produção de filhotes, ou 7% menos do que as 50 milhões de aves reservadas em 2011.

Na nota divulgada pela Ubabef, o presidente executivo da instituição, Francisco Turra, afirma que a menor quantidade de matrizes alojadas para a produção de filhotes indica menor oferta para os mercados interno e externo, redução de estoques e “adequação” de preços de exportação. Turra afirmou que o setor está mais “enxuto” em decorrência dos aumentos dos custos de produção. Mesmo assim, a previsão da instituição é que a produção neste ano se mantenha nos mesmos patamares de 2012.

“Este custo ainda não chegou ao seu ponto de equilíbrio, face aos preços das commodities ainda apresentarem patamares mais elevados em relação aos anos anteriores. O repasse tardio desses custos ao preço final dos produtos embarcados também contribuiu para o recorde histórico da receita em abril”, afirmou Turra.

 

Fonte: ANBA

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