Xangai (China) – O networking promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) na feira de alimentos importados FHC China, a maior do país, reuniu mais de 150 pessoas, a maioria empresários brasileiros e chineses. Foi o momento de aproximar produtores e compradores para discutir possibilidades de inserção de produtos brasileiros no mercado chinês.
“É importante para conhecermo-nos cara a cara. Este tipo de evento agiliza as negociações e torna o processo de reconhecimento dos mercados muito mais prático” avalia Rui Hua, executivo da Yafela, uma trading chinesa que tem sedes em Xangai, Pequim e Fortaleza.
A reunião ocorreu na tarde de quinta-feira, o segundo dia da FHC, e encerrou a missão empresarial liderada pela CNA à China. O ponto alto foi o seminário AgroInvest Brasil, ocorrido na terça-feira em Xangai e que reuniu lideranças governamentais, dos setores financeiro, produtivo e comercial.
A quarta missão da CNA ao país asiático em um ano e meio, começou na sexta-feira, 8 de novembro, em Pequim, quando a presidente da confederação, senadora Kátia Abreu, acompanhou o vice-presidente, Michel Temer, e o Ministro da Agricultura, Antônio Andrade, em audiências oficiais. Houve encontros com o vice-presidente chinês, Li Yuanchao, o presidente do país, Xi Jiping, e o ministro Zhi Shuping, titular da AQSIQ, a agência de vigilância sanitária chinesa, que no país tem status de ministério.
As reuniões garantiram boas notícias. O governo chinês assinou um protocolo para liberação da importação de 10 milhões de toneladas de milho brasileiro, excedentes da safrinha. A AQSIQ também se comprometeu a enviar uma missão técnica ao Brasil até 15 de dezembro, num movimento que, espera-se, signifique o fim do embargo à carne bovina brasileira. O bloqueio foi anunciado em dezembro do ano passado em razão do temor de vaca louca, embora a avalição da OIE – Organização Mundial da Saúde Animal – seja que o risco é “negligenciável” para a doença no Brasil.
Também integram a comitiva da CNA no país asiático os presidentes das federações estaduais de agricultura e pecuária do Amapá, Luiz Iraçú Guimarães Colares; do Ceará, Flávio Saboya; do Espírito Santo, Julio da Silva Rocha; do Maranhão, José Hilton Coelho de Sousa; do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel; e de Minas Gerais, Roberto Simões.
Fonte: Assessoria de Comunicação CNA