Minerva aumenta em 17% exportações de carne in natura para os países do Oriente Médio

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São Paulo – O Oriente Médio aumentou sua participação como importador da Minerva, indústria brasileira de carne in natura, no primeiro semestre deste ano. Balanço divulgado pela empresa na noite desta nesta terça-feira (02) mostra que a região respondeu por 21% das exportações de janeiro a junho, quatro pontos percentuais acima do mesmo período do ano passado.

“Os países que mais elevaram sua participação foram Irã, Iraque, Palestina e Emirados Árabes Unidos”, disse a companhia em seu relatório. Sobre as compras da região, a empresa destacou ainda que Arábia Saudita colocou fim ao embargo da carne bovina in natura brasileira no final do primeiro trimestre deste ano e que em função disso no comparativo anual (do acumulado do ano) a sua participação ainda é pouco representativa. O anúncio do levantamento do embargo, porém, ocorreu em novembro de 2015.

A Minerva teve crescimento nas exportações do primeiro semestre. Elas saíram de R$ 5,7 bilhões nos primeiros seis meses do ano passado para R$ 7,1 bilhões no mesmo período deste ano. O avanço foi de 24,1%. No segundo trimestre deste ano elas também cresceram, mas menos, em 0,9%, de R$ 1,56 bilhão de abril a junho de 2015 para R$ 1,57 bilhão.

No semestre, a região do mundo que mais importou produtos da Minerva foi a Ásia, com 28% do total, seguida do Oriente Médio, e depois da África, que respondeu por 16% das compras. As Américas e a União Europeia ficaram empatadas no quarto lugar entre os mercados, com 13% cada, a Comunidade dos Estados Independentes (CEI), repúblicas que pertenciam à ex-União Soviética, foi o sexto, com 5% do total.

A empresa destacou que as exportações responderam por 67% da sua receita consolidada no segundo trimestre e que a divisão de carnes avançou 6,9% em exportações no período sobre iguais meses de 2015. “Dada a estratégia comercial adotada pela empresa no final do trimestre, que priorizou a rentabilidade das operações”, disse a Minerva no relatório de resultados sobre o crescimento.

“Isso acabou por adiar o reconhecimento das vendas que supostamente seriam contabilizadas no segundo trimestre de 2016 para o trimestre seguinte, mas tal estratégia melhorou a rentabilidade das operações realizadas e faz parte de um processo de negociação para recompor as margens na exportação, dada a recente desvalorização da moeda norte- americana frente ao real”, informou a empresa.

Os abates caíram 9,5% no primeiro semestre deste ano e o volume de vendas recuou 3,3% em volume. A receita bruta, porém, avançou 15,4% e ficou em R$ 10,2 bilhões. A receita líquida cresceu 12,4% para R$ 7,1 bilhões, e o prejuízo recuou 73,6% sobre os seis primeiros meses de 2015 para R$ 244,3 milhões. No primeiro semestre do ano passado ele estava em R$ 926,2 milhões.

Fonte: ANBA

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