Da Redação
Brasília – O Brasil registrou no primeiro quadrimestre do ano um deficit histórico no intercâmbio comercial com os Estados Unidos. Neste mesmo período, as trocas comerciais com a China proporcionaram ao Brasil um superávit de US$ 9,008 bilhões, o maior saldo acumulado pelo país com seus parceiros em todo o mundo no período. Nos quatro primeiros meses do ano, a pandemia de Covid-19 não produziu grandes impactos nas relações comerciais do Brasil com seu maior parceiro comercial.
De janeiro a abril, as exportações para a China totalizaram US$ 20,885 bilhões, com um aumento de 10,9% em comparação com o mesmo período de 2019. Em relação às importações, foi registrada uma retração de 7,3% para US$ 11,847 bilhões. A corrente de comércio (exportação+importação) entre o Brasil e a China alcançou a cifra de US$ 32,703 bilhões. Com esses números a China continuou ocupando a posição de principal parceiro comercial do Brasil tanto nas exportações quanto nas importações.
Dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia mostram que, de forma progressiva, o Brasil depende cada vez mais das exportações para o país asiático para gerar saldos positivos em seu comércio exterior. No referido período, a China foi o destino final de 31% das exportações totais do Brasil e teve uma participação de 21,3% no volume total importado pelas empresas brasileiras.
Em 2019, a participação chinesa nas compras realizadas pelo Brasil no exterior alcançou o percentual de 28,0%, de um total de US$ 63,358 bilhões. Nesse mesmo tempo, a China embarcou para o Brasil produtos no valor de US$ 35,271 bilhões, equivalentes a 19,8% das importações brasileiras. No ano passado, a balança comercial sino-brasileira proporcionou ao Brasil um superávit de US$ 28,087 bilhões.
Os dados da Secex/Ministério da Economia apontam a soja em grãos como o principal produto exportado para a China, com um total de US$ 8,431 bilhões (40% do valor total exportado no período). Também se destacaram os embarques de petróleo, da ordem de US$ 4,2 bilhões (20% do total), minério de ferro, com vendas no valor de US$ 3,9 bilhões (19% do total exportado), carne bovina, no valor de US$ 1,056 bilhão (5,1% do total embarcado) e celulose, com exportações no montante de US$ 943 milhões (equivalentes a um percentual de 4,5 nas vendas totais aos chineses).