Foto Marcelo Camargo/Agência Brasil

Lula reafirma disposição de diálogo após fala de Trump; Haddad classifica como “ótima” declaração do presidente dos EUA

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Presidente diz estar trabalhando para proteger empregos e empresas

Da Redação (*)

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou na noite desta sexta-feira (1º), em uma postagem nas redes sociais, que segue aberto ao diálogo com os Estados Unidos (EUA), em meio a imposição de tarifas comerciais e sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), e que a prioridade é reduzir os impactos econômicos e sociais das medidas unilaterais adotadas pelos norte-americanos.

“Sempre estivemos abertos ao diálogo. Quem define os rumos do Brasil são os brasileiros e suas instituições. Neste momento, estamos trabalhando para proteger a nossa economia, as empresas e nossos trabalhadores, e dar as respostas às medidas tarifárias do governo americano”, escreveu Lula.

A declaração ocorre horas após o presidente dos EUA Donald Trump afirmar que pode conversar com Lula em qualquer momento que o brasileiro quiser.

Haddad considera “ótima” declaração de Trump

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou de “ótima” a declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que está aberto a receber uma ligação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ao sair do ministério, nesta sexta-feira (1º) à noite, Haddad disse que o governo brasileiro também está disposto a conversar com o mandatário estadunidense.

“Acho ótima [a declaração de Trump]. E a recíproca, tenho certeza que é verdadeira. Conforme disse antes, é muito importante a gente preparar essa conversa”, disse Haddad.

Segundo o ministro, a reunião na próxima semana com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, ainda não tem data fixada.

Haddad, no entanto, disse que o encontro é importante para preparar a conversa entre Lula e Trump e repetiu que o Brasil nunca saiu da mesa de negociações.

“Ainda não tem data fixada. Penso que a reunião [minha] com Bessent é muito importante. Entendemos que relações comerciais não devem ser afetadas por política. Nós estamos trabalhando no sentido de nos aproximarmos, reestabelecermos a mesa de negociação, talvez fazer uma reunião presencial”, declarou Haddad.

Haddad afirmou que, além de tratar das negociações sobre o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros, o encontro com Bessent ajudará a esclarecer alguns pontos sobre a Lei Magnitsky, usada pelos Estados Unidos para aplicar sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

“A reunião é muito importante porque, entre outras coisas, está sob a alçada do secretário do Tesouro a lei que disciplina essa coisa de contas-correntes de autoridades. Até por essa razão, vale essa conversa com Bessent antes para esclarecermos como funciona o sistema judiciário brasileiro. Há muita desinformação circulando sobre o assunto”, acrescentou Haddad.

Mais cedo, na Casa Branca, Trump disse que o presidente Lula pode ligar para ele “quando quiser”. Trump também disse que “ama o povo do Brasil”, mas afirmou que “as pessoas que estão comandando o Brasil fizeram a coisa errada”. Ele não anunciou medidas.

(*)  Com informações da Agência Brasil

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