Da Redação (*)
Brasília – A pesquisa “Índice ESG de Maturidade de Asseguração de 2025” realizada pela KPMG revelou um dado inédito: 76% das empresas ainda permanecem em estágios iniciais ou intermediários na implementação de práticas ESG (da sigla em inglês, meio ambiente, social e governança). O levantamento entrevistou 1.320 executivos e membros de conselhos em diversos setores e regiões globais, representando, em conjunto, uma receita média de US$ 16,8 bilhões.
Segundo o estudo, as organizações que se destacam em práticas de sustentabilidade e governança apresentam três diferenciais claros: forte engajamento do conselho, uso avançado de tecnologias digitais e integração estratégica dos fatores ESG às operações.
Em contrapartida, empresas em estágio inicial ou intermediários ainda enfrentam desafios significativos, como estruturas de governança limitadas e sistemas de dados pouco desenvolvidos.
“Qualidade da informação para apoiar a tomada da decisão é e seguirá a ser o tema da década. Para isso, é preciso ter sistemas de gestão e governança de qualidade. A Asseguração é um ingrediente que complementa esse esforço. O fato de 76% das empresas estarem em estágios iniciais ou intermediários é preocupante e deve servir de alerta também para as empresas brasileiras”, destaca a sócia líder de ESG na KPMG nas Américas, Nelmara Arbex.
KPMG aponta cinco ações-chave para acelerar ações ESG:
O estudo ainda destaca cinco ações estratégicas para as empresas acelerarem a maturidade em ESG.
1-Fortalecer a governança: incorporar a supervisão das questões ESG no nível do conselho, garantindo a responsabilização pela identificação do risco, pelo monitoramento do desempenho e pela preparação e divulgação de informações.
2- Desenvolver as habilidades e competências necessárias: investir em conhecimento interno para interpretar padrões, gerenciar dados e interagir efetivamente com provedores de asseguração.
3- Aprimorar os sistemas de gerenciamento de dados: desenvolver sistemas robustos para coletar, validar e relatar métricas ESG que atendam aos requisitos de grau de asseguração.
4- Adotar tecnologias digitais: aproveitar plataformas, painéis e ferramentas de inteligência artificial aplicada ao ESG para simplificar os relatórios e melhorar a qualidade dos dados.
5- Envolver a cadeia de valor: estender as práticas ESG a fornecedores e parceiros para garantir consistência e credibilidade em todas as divulgações.
“O estudo da KPMG mostra que acelerar a maturidade em ESG não é apenas uma questão interna, mas de transformação estrutural. Fortalecer a governança, investir em competências internas, aprimorar a gestão de dados, adotar tecnologias digitais e engajar toda a estrutura desde o os conselheiros até os funcionários são passos que permitem às empresas não apenas reportar, mas gerenciar riscos e oportunidades de forma integrada e confiável”, aponta o sócio líder de asseguração da KPMG no Brasil e na América do Sul, Sebastian Soares.
(*) Com informações da KPMG